sexta-feira, 12 de julho de 2013

Palavra da Coruja


Tome cuidado com médico jovem e barbeiro velho.
Benjamin Franklin

Memento


Now You Have Jazz e Did You Evah? 
High Society: Bing Crosby, Louis Armstrong, Frank Sinatra

Fim de Tarde

                                                           
                                            Body and Soul: Oscar Peterson

Para a Hora do Chá


When you are old

 When you are old and grey and full of sleep,
 And nodding by the fire, take down this book,
 And slowly read, and dream of the soft look
 Your eyes had once, and of their shadows deep

 How many loved your moments of glad grace,
 And loved your beauty with love false or true,
 But one man loved the pilgrim soul in you,
 And loved the sorrows of your changing face;

 And bending down beside the glowing bars,
 Murmur, a little sadly, how Love fled
 And paced upon the mountains overhead
 And hid his face amid a crowd of stars.

William Butler Yeats


Quando fores velha

 Quando já fores velha, e grisalha, e com sono,
 Pega este livro: junto ao fogo, a cabecear,
 Lê com calma; e com os olhos de profundas sombras
 Sonha, sonha com o teu antigo e suave olhar.

 Muitos amaram-te horas de alegria e graça,
 Com amor sincero ou falso amaram-te a beleza;
 Só um, amando-te a alma peregrina em ti,
 De teu rosto a mudar amou cada tristeza.

 E curvando-te junto à grade incandescente,
 Murmura com amargura como o amor fugiu
 E caminhou montanha acima, a subir sempre,
 E o rosto em multidão de estrelas encobriu.

W.B.Yeats

(Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos)

A palavra é de... Sergio Vaz

Más notícias do país de Dilma 

O governo lulo-petista gosta de se definir como “popular”. Boa parte dos próceres do Partido dos Trabalhadores se diz socialista. São noções bastantes estranhas: na prática, nestes dez anos de governo lulo-petista, o governo vem agindo como um Robin Hood às avessas: tira dinheiro dos pobres, dos trabalhadores, da classe média, dos pequenos empresários, para concentrá-lo na mão de umas poucas empresas bilionárias.




O governo socializa a conta e capitaliza o lucro entre empresas gigantescas.

Os números são claros. Desde 2007, o governo intensificou a transferência de recursos do Tesouro Nacional para os bancos estatais. Em função disso, a dívida do Tesouro Nacional passou, nestes últimos anos, de R$ 1,5 trilhão para R$ 2,7 trilhões – um crescimento de 76%.

O dinheiro do Tesouro Nacional, é sempre bom lembrar, é aquele que o governo obtém com os impostos. Cada brasileiro trabalha cinco meses do ano para pagar impostos. De 1º de janeiro até a noite de 11 de junho, nós já pagamos R$ 824,5 bilhões de impostos.

Aí o Tesouro Nacional bota cada vez mais do nosso dinheiro no BNDES. Teoricamente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social deveria ser um indutor do crescimento das empresas brasileiras, via empréstimos a juros baixos. Só que, em vez de dar pequenos empréstimos a um número grande de empresas, o BNDES do lulo-petismo se concentrou em empresas poderosas, as escolhidas para ser as tais campeãs nacionais – o grupo JBS, a BRF (união da Sadia com a Perdigão), a Oi, as empresas X, de Eike Batista.

Só para as empresas de Eike Batista o BNDES emprestou R$ 10,4 bilhões.

Não se conhece um único brasileiro – a não ser Eike Batista, que figura na lista dos homens mais ricos do mundo da revista Forbes – que tenha se beneficiado com o fato de uma montanha de dinheiro público ter ido parar nas empresas X. Que, como se sabe, vão mal, mas bem mal das pernas, por uma série de fatores, entre os quais, principalmente, incompetência do bilionário em administrar seus negócios.

Em um período de apenas dois anos do governo Dilma Rousseff, entre março de 2011 e março de 2013, o patrimônio do BNDES encolheu 38%. Ficou 38% menor.

Isso para não falar da Petrobrás, a maior empresa brasileira, que, após dez anos sendo usada como se fosse da propriedade exclusiva do PT, está hoje estrangulada, asfixiada. Nos últimos sete dias, as ações da estatal caíram ao menor nível em oito anos. Como mostrou o Estadão em editorial, “no fim do ano passado, a disponibilidade de caixa da Petrobrás era menor do que em 2011 e, para realizar seus investimentos, a empresa teve de aumentar sua dívida em R$ 40,8 bilhões. A dívida já corresponde a 57% do valor patrimonial da empresa e cresce mais depressa do que a geração de recursos. A disponibilidade de caixa, que era de R$ 35,7 bilhões no fim de 2011, caiu para R$ 27,6 bilhões no fim do ano passado.”

Estranha noção do conceito “popular” tem esse governo.


Leia  mais em 50 Anos de Textos

Ah! o amor...


Chuck e Patty

Arca do Tesouro

Onde foi tirada essa foto, você sabe?



                                     Aguardo respostas...

Confronto no Centro do Rio

Policiais militares entram em confronto com grupo de manifestante no Centro do Rio 


                                                       Domingos Peixoto / Agência O Globo 


Marcelo Piu/Agência O Globo


Marcelo Piu/Agência O Globo

Manifestação contra Sergio Cabral

“Dia Nacional de Luta” fracassa e lembra um filme de época, por Ricardo Kotscho


Em São Paulo, meio-dia, hora marcada para o início do principal ato de protesto organizado para o "Dia Nacional de Luta" pelas centrais sindicais nesta quinta-feira fria e ensolarada na maior cidade do País. Da avenida Paulista, a umas dez quadras de onde moro, vem um alarido que me lembra carro de som, velhas palavras de ordem entoadas pela multidão, que na verdade se resume a umas 2.000 mil pessoas (mais tarde, chegaria a 4.000 mil, segundo a PM). Luta contra quem, para quê?

Se era para ser um contraponto às oceânicas manifestações de junho convocadas pelo facebook, sem líderes nem palanques, o movimento das centrais deu com os burros n´água, como se dizia no tempo em que os sindicatos mobilizavam as massas já nos estertores do regime militar, no final dos anos 1970.

São Paulo não parou, nem qualquer outra grande cidade do País, como havia anunciado o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, boquirroto presidente da Força Sindical. Ao contrário, os congestionamentos foram muito menores do que a média dos dias normais, com ruas desertas de carros e gente como em dias de feriado _ não pela prometida "greve geral", mas pelo simples e bom motivo de que boa parte dos paulistanos preferiu não sair de casa com medo de confusão e de não conseguir voltar.

Ao ver pela televisão as imagens dos sindicalistas marchando em direção à Paulista, cada lado com seu uniforme _ os da CUT, de vermelho; os da Força Sindical de laranja _ carregando suas bandeiras padronizadas e empunhando as mesmas faixas de outras manifestações, dei-me conta de que este protesto de hoje nada tinha a ver com os que inundaram as ruas do País no mês passado, numa cacofonia de vozes, policromia de tipos e multiplicação de mensagens, sem roteiro e sem diretor.

Agora, parecia estar vendo um filme de época, em branco e preto, absolutamente previsível, trazendo de volta antigos discursos e personagens de um tempo que passou.

Leia a íntegra em Blog do Ricardo Kotscho

Olá! Bom Dia!


Stealin'Apples: Benny Goodman, num concerto em 1985