terça-feira, 4 de junho de 2013

Palavra da Coruja


Perdoe seus inimigos, mas jamais esqueça seus nomes.
John F. Kennedy

Fim de Tarde


A música de uma das mais simpáticas cenas de A Noviça Rebelde,
So Long, Farewell, interpretada pela orquestra de Ray Conniff com as crianças da Família von Trapp.

Para a Hora do Chá


Manhã de sol com azulejos

Tudo se veste da cor de teu vestido azul 
Tudo - menos a dona do vestido: 
meus olhos te passeiam nua 
pela grama do campo de golfe

Uma curva e eis-nos diante de meu coração

Não amiga não temas 
meu coração; 
é apenas um chapéu surrado 
que humildemente estendo 
para colher um pouco de tua alegria 
de tua graça distraída 
de teu dia


Francisco Alvim

Opinem, por favor

Há tempos, quando eu tinha o outro blog que hoje chamo de Navetta, para diferenciar deste, criamos, os leitores fieis e eu, dois concursos.

Um era sobre o O Mais Belo Ipê Amarelo De Qualquer Cor. Já publiquei aqui uma foto de um dos ipês, a do Antonio Carlos, um escândalo de boniteza (em 23/05/2013).

Esgotadas as fotos de ipês pessoais enviadas pelos leitores, passamos a publicar fotos de quaisquer árvores vistas e fotografadas por eles. Continuava sendo proibido copiar de revistas, etc. Tinha que ser foto de família, digamos assim... Como esta joia enviada pela Lilyane:






O outro concurso chamava-se Onde foi tirada essa foto, você sabe?

Os leitores enviavam fotos dos lugares por onde passaram. De novo, só valia foto pessoal, quer dizer, não valia foto copiada de revistas, postais, etc. 


Como essa enviada por Harumi van Driel:






Essa foi tirada em Portugal, na belíssima vila de Marvão, no Alentejo, bem na fronteira com a Espanha.

E teve quem adivinhasse!


Eu adoraria retomar essas brincadeiras, mas fico temerosa por dois motivos: 


a) repetecos raramente são bem-vindos; 


b) os amigos da Navetta estariam dispostos a participar novamente? Porque sem eles, eu não brinco! Quero leitores novos, ora se quero, mas não abro mão da participação dos amigos.


Tenho fé numa coisa: esses celulares de hoje facilitam as fotos, não é verdade?


Mas aguardo a opinião de vocês.

Arca do Tesouro

Olhem bem esta charge... E a data em que foi feita. Hoje, 4 anos depois, o que mudou?





Enviado por L.C.Lemos para a Navetta* em 28/04/2010

O Estado de S. Paulo (Editorial)

Escolas Precárias

3 de junho de 2013 

Não haverá milagre que faça a educação brasileira dar o salto necessário para colocar o País entre os mais desenvolvidos do mundo se não forem superados os entraves básicos, a começar pela infraestrutura das escolas.




O retrato de décadas de descaso, em que a construção de boas escolas não passou de mera promessa em sucessivas campanhas eleitorais, está num levantamento divulgado pelo movimento Todos pela Educação, segundo o qual 44,5% dessas unidades dispõem somente do mínimo para seu funcionamento, isto é, água, banheiro, energia, esgoto e cozinha. Não têm biblioteca, quadra de esportes e laboratório, itens considerados necessários para que o aprendizado se desenvolva de modo satisfatório. Apenas 0,6% dos estabelecimentos pesquisados têm estrutura completa. É um quadro desalentador.

A pesquisa tomou como base o Censo Escolar de 2011. Naquele ano, estavam em funcionamento quase 195 mil escolas, cujos diretores responderam a um questionário a respeito dos recursos disponíveis nos estabelecimentos. A metodologia do estudo levou em conta que nem todas as escolas necessitam de determinados equipamentos ou espaços, como berçário.

Com isso, foi feita uma escala de categorias de infraestrutura que considera as diferentes etapas de aprendizado. A categoria "elementar" é aquela do mínimo necessário. Já na categoria "básica", além de água e esgoto e energia elétrica, incluem-se aparelhos de TV e DVD, computadores, impressoras e sala da diretoria. O nível "adequado" demanda a presença de tudo isso mais acesso à internet, sala de professores, biblioteca e espaços para o desenvolvimento motor e o convívio social dos alunos.

No último nível, o das escolas "avançadas", aparecem também laboratório de ciências e estrutura para atender alunos com necessidades especiais. Para os pesquisadores, esse é o cenário considerado "mais próximo do ideal" - e que é quase inexistente na rede educacional do País.

O mérito dessa pesquisa é mostrar que a precariedade das escolas, tanto públicas quanto privadas, é um problema generalizado. Girlene Ribeiro de Jesus, da Universidade de Brasília, que participou do trabalho, disse que, por mais que esperassem resultados ruins, os pesquisadores se chocaram com a quantidade de escolas classificadas no nível "elementar".

As diferenças regionais são ainda mais graves. Na Região Norte, 71% das 24 mil escolas têm infraestrutura apenas "elementar". No Nordeste, o porcentual é de 65,1%, enquanto no Sudeste é de 22,7%, no Sul é de 19,8% e no Centro-Oeste, de 17,6%. Mesmo nas regiões mais avançadas, a maioria das escolas encontra-se no nível "básico". No Sudeste, apenas 19,8% são consideradas "adequadas".

Há também diferenças significativas quando se analisam as redes federal, estadual e municipal. No nível federal, a maioria das escolas (62,5%) são "adequadas" ou "avançadas". Já a maioria das escolas estaduais (51,3%) está na categoria "elementar", enquanto 62,8% das escolas municipais encontram-se nas categorias "elementar" e "básica". É na esfera municipal, aliás, que o problema parece mais acentuado, pois é nessa rede que se concentram quase 100% das escolas que estão mais próximas do piso da categoria "elementar".

O estudo também confirma a percepção de que a precariedade estrutural das escolas é um problema bem mais acentuado no campo do que na cidade. Das escolas da zona rural, 85,2% estão no nível "elementar", ante 18,3% nas áreas urbanas. Mesmo as escolas particulares - muitas das quais são apenas caça-níqueis espalhados pelo País - apresentam graves problemas. Nada menos que 72,3% desses estabelecimentos têm infraestrutura apenas "elementar" ou "básica".

No momento em que se discute qual porcentual do PIB deve ser destinado à educação, é importante ter em conta quais são as reais prioridades para que se alcance a tão almejada revolução educacional - e é evidente que as condições materiais das escolas desempenham nela um papel crucial.


Transcrito do Estadão em 04 de junho de 2013

Palavrinha

Leio nas páginas amarelas da VEJA uma entrevista que me aquece o coração. O ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato, que é contra a demagogia nas escolas e contra o politicamente correto, é a favor de uma das minhas mais entusiasmadas opiniões sobre Educação: a sagrada decoreba, que de tanto ser demonizada, acabou sumindo das escolas por ter se transformado na demonizada decoreba.

Pois quero ver aprender a tabuada e a conjugar verbos sem decoreba e sem recitar o que decorou em voz alta e muitas vezes!

Leiam essa frase do ministro português:

"É ingênuo achar que o estudante descobrirá tudo por si mesmo e ao seu ritmo. Quem de bom senso tem dúvida de que, se a criança puder esperar a hora que bem lhe apetecer para mergulhar no assunto, talvez isso nunca aconteça?"

Ah! se Deus se lembrasse de nós e nos enviasse o Nuno Crato para cá...

Olá! Bom Dia!


Meu Caro Amigo, de Francis Hime e Chico Buarque