sexta-feira, 12 de julho de 2013

A palavra é de... Sergio Vaz

Más notícias do país de Dilma 

O governo lulo-petista gosta de se definir como “popular”. Boa parte dos próceres do Partido dos Trabalhadores se diz socialista. São noções bastantes estranhas: na prática, nestes dez anos de governo lulo-petista, o governo vem agindo como um Robin Hood às avessas: tira dinheiro dos pobres, dos trabalhadores, da classe média, dos pequenos empresários, para concentrá-lo na mão de umas poucas empresas bilionárias.




O governo socializa a conta e capitaliza o lucro entre empresas gigantescas.

Os números são claros. Desde 2007, o governo intensificou a transferência de recursos do Tesouro Nacional para os bancos estatais. Em função disso, a dívida do Tesouro Nacional passou, nestes últimos anos, de R$ 1,5 trilhão para R$ 2,7 trilhões – um crescimento de 76%.

O dinheiro do Tesouro Nacional, é sempre bom lembrar, é aquele que o governo obtém com os impostos. Cada brasileiro trabalha cinco meses do ano para pagar impostos. De 1º de janeiro até a noite de 11 de junho, nós já pagamos R$ 824,5 bilhões de impostos.

Aí o Tesouro Nacional bota cada vez mais do nosso dinheiro no BNDES. Teoricamente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social deveria ser um indutor do crescimento das empresas brasileiras, via empréstimos a juros baixos. Só que, em vez de dar pequenos empréstimos a um número grande de empresas, o BNDES do lulo-petismo se concentrou em empresas poderosas, as escolhidas para ser as tais campeãs nacionais – o grupo JBS, a BRF (união da Sadia com a Perdigão), a Oi, as empresas X, de Eike Batista.

Só para as empresas de Eike Batista o BNDES emprestou R$ 10,4 bilhões.

Não se conhece um único brasileiro – a não ser Eike Batista, que figura na lista dos homens mais ricos do mundo da revista Forbes – que tenha se beneficiado com o fato de uma montanha de dinheiro público ter ido parar nas empresas X. Que, como se sabe, vão mal, mas bem mal das pernas, por uma série de fatores, entre os quais, principalmente, incompetência do bilionário em administrar seus negócios.

Em um período de apenas dois anos do governo Dilma Rousseff, entre março de 2011 e março de 2013, o patrimônio do BNDES encolheu 38%. Ficou 38% menor.

Isso para não falar da Petrobrás, a maior empresa brasileira, que, após dez anos sendo usada como se fosse da propriedade exclusiva do PT, está hoje estrangulada, asfixiada. Nos últimos sete dias, as ações da estatal caíram ao menor nível em oito anos. Como mostrou o Estadão em editorial, “no fim do ano passado, a disponibilidade de caixa da Petrobrás era menor do que em 2011 e, para realizar seus investimentos, a empresa teve de aumentar sua dívida em R$ 40,8 bilhões. A dívida já corresponde a 57% do valor patrimonial da empresa e cresce mais depressa do que a geração de recursos. A disponibilidade de caixa, que era de R$ 35,7 bilhões no fim de 2011, caiu para R$ 27,6 bilhões no fim do ano passado.”

Estranha noção do conceito “popular” tem esse governo.


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