terça-feira, 23 de julho de 2013

Palavra da Coruja


Toda verdade passa por três estágios. Primeiro, é ridicularizada. Segundo, é violentamente rejeitada. Terceiro, é aceita como autoevidente.
Arthur Schopenhauer

Memento


 
Ennio Morricone:  Sostiene Pereira (In Concerto a Venezia)

Mais fotos do Nilo

Como o leitor do blog sabe, tenho uma fanpage. Na capa da fanpage tenho colocado fotos de rios, que é o acidente geográfico que mais gosto.
Já usei árvores, árvores frutíferas, árvores floridas e agora estou nos rios. Não sei o que virá depois...
Hoje, a foto da capa é o rio Nilo em Tebas, quando banha a margem onde fica o Templo de Karnak.
É lindo.
Eis mais duas fotos desse grande rio:



Quando ele forma belas cataratas, chamadas do Cataratas do Nilo Azul, na Etiópia


O Nilo visto da Represa de Assuan. Ao fundo o mausoléu do Aga Khan.  

Fim de Tarde

Kate, William e seu bebê



Kate, William e seu bebê saem do hospital para Clarence House. 

Uma familinha feliz. 

E ainda tem quem critique a monarquia britânica... 

Pois eu preferia mil vezes que meus impostos fossem para alguém como eles que se dedicam ao seu país, do que para a malta que pulula em Brasília...

Para a Hora do Chá


Velho Tema III

Eu cantarei de amor tão fortemente 
Com tal celeuma e com tamanhos brados 
Que afinal teus ouvidos, dominados, 
Hão de à força escutar quanto eu sustente.

Quero que meu amor se te apresente 
- Não andrajoso e mendigando agrados, 
Mas tal como é: — risonho e sem cuidados, 
Muito de altivo, um tanto de insolente.

Nem ele mais a desejar se atreve 
Do que merece: eu te amo, e o meu desejo 
Apenas cobra um bem que se me deve.

Clamo, e não gemo; avanço, e não rastejo; 
E vou de olhos enxutos e alma leve 
À galharda conquista do teu beijo.

Vicente de Carvalho

A palavra é de... Edgar Flexa Ribeiro

Deus me livre

Uma coisa é certa: o que se viu na televisão acontecendo em Ipanema e Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, não foram atos de vandalismo paralelos a uma manifestação popular. Foi coisa de bandido mesmo.

Verdade seja dita que o crime em geral, organizado ou não, tem muito a se queixar do governo Cabral. Fez-se muito, muito mesmo, no combate ao crime.

Reconhecer isso não implica apoiar seu governo, aprovar tudo que foi feito, esquecer o que foi prometido e não aconteceu, concordar com tudo que o Governador fez ou disse, aceitar tudo que ele fez, disseram que fez ou foi fotografado fazendo.

Mas não há quem tenha mais motivos, mais experiência, mais pessoas disponíveis e mais equipamentos para promover uma arruaça daquele tamanho do que criminosos expulsos de seus domínios nos morros, milícias desmontadas, todos que de alguma forma tiveram a Lei e a Ordem em seus calcanhares graças à atuação do Governo do Estado na área da Segurança Pública.

O crime só é “organizado” em pequena escala. Em certos contextos, pode servir também a outros interesses. Reconheçamos: a política é atividade que frequentemente procura ou é procurada para certos tipos de coisas – afinal, também na política, dá de tudo...

Impõe-se uma pergunta: “qui prodest”? A quem aproveitaria atingir o Governo do Estado com alguma coisa que pudesse passar como manifestação pública?

Afinal, ficou óbvio para muita gente que “manifestar-se” era bom demais. Quem queria se passar pelo que não é montou greves e passeatas – digamos que meio forçadas - até com transporte para participantes remunerados agitar bandeiras.




As eleições estão próximas. É importante não perder tempo, e não desperdiçar oportunidades.

O crime no Rio só quer uma coisa: que seja estancado o trabalho da polícia carioca. Tem óbvio interesse na derrota de Cabral. Fará tudo que puder para retomar a liberdade de ação que perdeu. E quem se prepara para as eleições quer mais é ganhar votos, recursos, apoios.

Se um bando de garotos acampa na porta do Governador, no Rio, é meia porta aberta: a partir daí organiza-se uma “passeata” que sai de controle e se transforma em desvairado banditismo e violência.

As coincidências assustam: a baderna foi acabar aonde? Em Ipanema, na porta da residência do Secretário de Segurança José Mariano Beltrame.

E não se ouviu uma única voz da oposição ao governo Cabral, nem dos possíveis candidatos à sua sucessão, que reprovasse o comportamento dos bandidos à solta – só censura ao comportamento da polícia.

Esperar deles compromisso de manutenção da luta contra o crime, reconhecer o que todo mundo está vendo que foi feito, isso não.

Não reprovar publicamente o que se passou no Leblon e em Ipanema, não denunciar como crime a destruição que causaram criminosos à solta, não repudiar a coisa toda já dá uma ideia do que pode ser no fundo um programa de governo.

Que Deus nos livre...

Edgar Flexa Ribeiro é professor.

Transcrito do Blog do Noblat de 22/07/2013

Guga Noblat, o repórter favorito aqui do pedaço


 
Dando força aos nossos prefeitos! Com prêmio e tudo!

Nasceu o Bebê Real

Ontem, 22 de julho, com Kg 3,800 e, segundo o pai, maravilhoso.

O nome ainda demora? Talvez. Eu torço por George. Seria uma linda homenagem ao bisavô que foi muito amado por sua filha.

A foto do bebê, se tudo seguir o protocolo, ainda demora... A comunicação ao povo escapou um pouquinho do tradicional, mas eis o protocolo seguido, na foto abaixo:




Já o avô ficou com a cara de todos os avós do mundo. Sem tirar nem pôr...



Uma manifestação aloprada no Largo do Machado, aqui no Rio..


Sinceramente...
O que será que ela espera arranjar com essa demonstração de falta de tudo? 
Falta-lhe beleza, graça, feminilidade, bom gosto, elegância e, arrisco afirmar, bestunto.
Sinto pena dela e de suas coleguinhas de folguedo. 
Elas querem ser Livres!
Do quê? Sei lá eu... Será que ela sabem?

Votos religiosos e políticos, por José Roberto de Toledo

O Estado de S.Paulo

Em tempos de visita do papa ao Brasil, a pesquisa Ibope/Estadão sobre a sucessão presidencial revela como se misturam as crenças políticas e religiosas:

1) Os católicos são 60% do eleitorado nacional. Os evangélicos crescem a cada eleição e já são responsáveis por praticamente 1 a cada 4 votos. Todas as outras religiões somadas, mais os agnósticos e ateus, chegam a apenas 16% dos eleitores.

2) Dilma Rousseff (PT) vence Marina Silva (sem partido) por 32% a 19% entre católicos. No mesmo segmento, Aécio Neves (PSDB) chega a 13%, e Eduardo Campos (PSB) tem 5%.

3) Evangélica, Marina empata tecnicamente com Dilma entre os evangélicos: 28% a 29%. Campos vai a 7%, e Aécio desce a 11% nesse grupo.

4) Entre adeptos de outras religiões, ateus e agnósticos, está 26% para Dilma, contra 21% de Marina. Quase um empate técnico.

5) Dilma pode aproveitar o encontro com o papa Francisco para pedir uma bênção. Desde março, a maior queda da intenção de voto na presidente foi entre os católicos: perdeu 29 pontos.

6) Mesmo assim, o perfil do eleitorado de Dilma continua sendo mais católico do que a média: 2 em cada 3 eleitores que declaram voto na presidente seguem o catolicismo.

7) Uma das principais razões para a predominância do voto católico em Dilma é geográfica. A presidente só não caiu mais porque manteve uma força eleitoral acima da média no Nordeste, justamente a região mais católica do Brasil.

8) O maior crescimento de Marina nos últimos meses foi entre os evangélicos: ela ganhou 11 pontos entre eles.

9) O grupo dos sem-religião ou adeptos de outras religiões tem menos fé nos candidatos a presidente: 1 em cada 4 diz que vai anular ou votar em branco.

10) Não faria nada mal a Campos descolar uma indulgência do papa. Nem que fosse pelo Twitter. Ele é o presidenciável com menos católicos em seu rebanho. Só não pode exagerar na carolice para não afugentar eleitores sem religião e de outros credos, entre os quais vai melhor do que os rivais.

11) Como já ocorrera em 2010, Marina vai melhor entre evangélicos: 1 em cada 3 eleitores seus é dessa fé. Mas ela está conquistando um público mais ecumênico do que lograra conquistar há três anos. Com um eleitorado ideologicamente eclético, questões de fé são cada vez mais espinhosas para Marina.

12) A fé, mas de um outro tipo, é o que ainda mantém Dilma à frente. Ela só lidera por causa dos petistas. Tem 61% dos simpatizantes do PT, mas perde de Marina entre os militantes de outras siglas, inclusive do PMDB, e empata com a rival no maior grupo, o dos eleitores sem preferência partidária.

13) A crença no PT está em baixa, porém. Caiu a 22% do eleitorado - um vale fundo pelo qual o petismo não passava desde a crise do mensalão, oito anos atrás. Mesmo assim, segue sendo a igrejinha mais frequentada entre todos os partidos - quase 5 vezes mais do que as do PMDB e do PSDB.

Leia a íntegra no Estadão

Fala, Francisco, por Ricardo Noblat

“Algo aconteceu com nossa política, ficou defasada em relação às ideias, às propostas. As ideias saíram das plataformas políticas para a estética. Hoje importa mais a imagem que o que se propõe.

(...) Endeusamos a estatística e o marketing. Participar da vida política é uma maneira de honrar a democracia. Seria necessário distinguir entre a Política com P maiúsculo e a política com P minúsculo."

Cidadania. "A sociedade política só irá resistir se a satisfação das necessidades humanas for a nossa vocação. Esse é o papel do cidadão. (...)

As pessoas são sujeitos históricos, o que significa cidadãos e membros da nação. O Estado e a sociedade devem gerar condições sociais que promovam e atuem como guardiãs de seus direitos, permitindo que sejam construtoras de seu próprio destino".

Dignidade. "Não existe uma única violação da dignidade de um homem ou de uma mulher que possa ser justificada por qualquer outra coisa ou ideia. Nem uma única. (...)

Quando uma pessoa ou um povo vende sua dignidade, ou a barganha, todo o resto perde consistência e deixa de ter valor".

Verdade. "Em uma sociedade na qual as mentiras, os disfarces e a hipocrisia fizeram com que as pessoas perdessem a confiança básica no contrato social, o que poderia ser mais revolucionário do que a verdade?"

Marginalização. “Antes, em nossa sociedade, podíamos falar de opressores e oprimidos. Com o tempo, notamos que essa categorização não era suficiente, havia que acrescentar mais uma, a de incluídos e excluídos. Hoje em dia, a coisa ficou muito mais selvagem e temos que acrescentar outra antinomia: os que entram e os que sobram. Nesta civilização consumista, hedonista, narcisista, estamos nos acostumando ao fato de que certas pessoas são descartáveis.”




Neoliberalismo. "A crise socioeconômica e o consequente aumento da pobreza têm suas origens em políticas inspiradas por formas de neoliberalismo, que consideram o lucro e as leis do mercado como parâmetros absolutos acima da dignidade das pessoas ou dos povos. (...)

Na predominante cultura neoliberal, o externo, o imediato, o visível, o rápido, o superficial: estes ocupam o primeiro lugar, e o real cede terreno às aparências".

Globalização. “A globalização que uniformiza é essencialmente imperialista e instrumentalmente liberal, mas não é humana. Em última instância, é uma maneira de escravizar os povos. (...)

A globalização, como uma imposição unidirecional e uniforme de valores, práticas e bens, anda de mãos dadas com a imitação e a subordinação cultural, intelectual e espiritual".

Pátria. "A Pátria é o patrimônio dos pais, o que recebemos daqueles que a fundaram. São os valores que nos entregaram em custódia, mas não para que os guardemos em uma lata de conserva, e sim para que, com o desafio do presente, os façamos crescer e os lancemos à utopia do futuro. Esse é o nosso patrimônio".

Religião e Política. "Pensar que o poder é impor o meu caminho, alinhar todo mundo e fazê-los andar por essa trilha me parece errado. Agora, se concebo o poder de uma maneira antropológica, como um serviço à comunidade, é outra coisa. A religião tem um patrimônio e o põe a serviço do povo, mas, se começa a se misturar com politicagem e a impor coisas por baixo do pano, se transforma em um mau agente de poder. (...)

"Algumas pessoas me dizem: 'Padre, os políticos não estão fazendo nada'. Mas e você, o que está fazendo? Se não faz nada, então grite".


Transcrito do Blog do Noblat de 22 de julho de 2013

Olá! Bom Dia!


Ziad Rahbani: sem tradução...