terça-feira, 9 de julho de 2013

Palavra da Coruja


Todo o problema do mundo reside no fato de tolos e fanáticos terem sempre tantas certezas ao passo que os sábios têm sempre tantas dúvidas.
Bertrand Russell

Memento


Fim de Tarde


  Na Sala São Paulo, 
Choros nº10, Rasga Coração, de Villa Lobos

Para a Hora do Chá

Prece a Anchieta 

Santo: erguesses a cruz na selva escura; 
Herói: plantasses nossa velha aldeia; 
Mestre: ensinasses a doutrina pura; 
Poeta: escrevesses versos sobre a areia! 

Golpeia a cruz a foice inculta e dura; 
Invade a vila multidão alheia; 
Morre a voz santa entre a distância e a altura; 
Apaga o poema a onda espumejante e cheia... 

Santo, herói, mestre e poeta: — Pela glória 
que destes a esta Terra e a sua História, 
Pela dor que sofremos sempre nós. 

Pelo bem que quisesses a este povo, 
O novo Cristo deste Mundo Novo, 
Padre José de Anchieta, orai por nós! 

Guilherme de Almeida

A palavra é da... Revista Época

Depois da Copa das Confederações, estádios enfrentam queda de público

Estádios que sediaram a Copa das Confederações "alugam" jogos e enfrentam queda de públicos na volta do Campeonato Brasileiro

Redação Época, 08/07/2013


Mané Garrincha: o melhor público no Brasileirão - Foto: Bruno Spada/STR/Getty Images


Com o fim da Copa das Confederações, é possível dizer que o torneio foi um sucesso de público. Com média superior a 50 mil pagantes, o torcedor brasileiro lotou os estádios durante a competição. Levando-se em conta a primeira rodada na volta do Campeonato Brasileiro, não é o que veremos no torneio nacional. 

Somando os quatro jogos que foram realizados em estádios da Copa das Confederações no último fim de semana, a média de público foi quase metade da vista em junho, com 26.977 pagantes. Mesmo assim, a média é superior a melhor vista em 2012. No ano passado, o Corinthians foi o clube que mais levou gente ao estádio, tendo em média 25 mil torcedores por jogo. 

Mas as arquibancadas poderiam estar mais vazias caso alguns estádios não recebecem as maiores torcidas do país. Ainda sem poder jogar no Maracanã, os clubes cariocas foram "alugados" por algumas arenas para garantirem que os torcedores locais sigam com o ambiente criado durante a Copa das Confederações.

O caso de maior sucesso foi o do Flamengo. Com 52.825 pagantes, o Mané Garrincha recebeu o segundo maior público do Campeonato Brasileiro na partida entre os rubro-negros com o Coritiba, mas mesmo assim o número foi inferior aos 67.423 pagantes na estreia da Seleção Brasileira contra o Japão. 

Já o clássico entre Botafogo e Fluminense na Arena Pernambuco decepcionou. Apenas 9.669 pessoas viram a vitória alvinegra no domingo (7), público menor do que até mesmo o visto um dia antes, quando 19.414 torcedores assistiram o Náutico ser batido pela Ponte Preta, número próximo do registrado no pior recebido pelo estádio na Copa das Confederações, quando o Uruguai goleou o Taiti por 8 a 0, com 22.047 espectadores.

Já a Fonte Nova contou com o fanatismo da torcida do Bahia e a massa corintiana para colocar 23.715 pessoas no estádio na vitória dos paulistas por 2 a 0. O público foi quase o mesmo do de menor recebido pela arena no torneio entre seleções, quando 26.769 pagantes conferiram a partida entre Nigéria e Uruguai. 

A volta do torneio nacional ainda marcou dois incidentes dentro dos estádios. Na partida do Flamengo, um torcedor chegou a jogar um copo dentro do campo, mas foi detido após ser denunciado pelos próprios flamenguistas. No clássico carioca, o caso foi um pouco mais grave. Um torcedor pulou o muro, invadiu o gramado e foi em direção ao atacante Fred. O fã conseguiu beijar os pés do artilheiro, tirar uma foto e voltar às arquibancadas sem ser pego. 


                                                                  *******

Obs - Numa boa, nós, sociedade brasileira, sabíamos que isso ia acontecer, não é? Só quem não sabia eram as Autoridades. Eles têm tanto em que pensar, tanto trabalho a fazer, tantas viagens a realizar, tantas reuniões a organizar, que esses pequenos detalhes passam desapercebidos... MH 

9 de julho de 1932


...e o nascimento da bandeira do Estado de São Paulo.
Sou uma paulistana de araque, já que vivo no Rio desde os 2 anos de idade. Mas gosto de SP e gosto muito dos "meus" paulistanos, onde incluo parentes e amigos de várias gerações... Então, lá vai a homenagem!

Arca do Tesouro

Gotas de Saber Inútil? Pois sim!

É da casca do salgueiro que vem o princípio ativo da aspirina. A salicina e o salicilato, extraídos dessa árvore, eram usados contra a cefaléia na Mesopotamia, 3 mil anos a.C. No entanto, a aspirina foi patenteada pela indústria alemã Bayer em 10 de outubro de 1897. O químico Felix Hoffmann, com a ajuda do professor Heinrich Dreser, sintetizou o ácido acetilsalicílico para aliviar as dores reumáticas do seu pai. O nome do remédio mais popular do século foi formado assim: "a" vem de acetil; "spir" é a raiz do ácido epírico (substância quimicamente idêntica ao ácido acetilsalicílico); e o "ina" é um sufixo que se adicionava ao nome de todos os medicamentos no final do século XIX.




Marcel Bich, depois de trabalhar numa empresa de tintas durante a Segunda Guerra Mundial, em 1949, comprou uma pequena fábrica de canetas esferográficas. As canetas vazavam tinta e sujavam os dedos, mas faziam sucesso, e Bich decidiu investir no produto. Procurou o seu inventor, Ladislao "Laszlo" Biro, comprou a patente e iniciou a fabricação da caneta Bic, cujo modelo é praticamente o mesmo até hoje. Atualmente, são vendidas 10 milhões de canetas por dia.




Quando houve falta de algodão no mercado, em 1914, a Kimberly-Clark, fabricante de papel, criou um substituto macio e absorvente: o cellucotton. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi bastante usado como filtro para máscaras de gás e em hospitais e pronto-socorros dos Estados Unidos e da Europa. Com o fim da guerra e da escassez do algodão, a Kimberly-Clark procurou novas maneiras de vender a sua criação. Em 1929, lançaram os lenços de papel Kleenex com a caixa pop up (ao puxar uma folha, parte da próxima sai da caixa). Uma pesquisa indicou que, em vez de usarem os lenços para remover cremes e maquilhagem, as pessoas usavam-nos como lenço de nariz. A publicidade do Kleenex foi mudada e o seu slogan dizia: "Não ponha um resfriado no seu bolso".


Publicado originalmente na Navetta* em 8/3/2010.

CIA não consegue decodificar correspondência de Djavan

The i-piauí Herald


Dilma reuniu eruditos liderados por Carlinhos Brown para resolver o problema. Caetano não gostou.

LINHA DO EQUADOR - Duas unidades da CIA entraram em colapso na tarde de ontem após sucessivas tentativas de quebrar o código das correspondências eletrônicas entre Djavan e Gilberto Gil. "Logramos êxito em compreender códigos nazistas, letras do Luiz Melodia e peças do Gerald Thomas. Conseguimos encontrar sentido no que dizem Tiago Leifert e Luciana Gimenez. Num esforço sem precedentes, deciframos até mesmo colunas do Merval Pereira. Mas a conversa entre o Sr. Djavan e o Sr. Gil utiliza um aparelho linguístico sofisticado demais", revelou o espião James Michelin.

Intrigado com o que chamou de "questão de segurança nacional", o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se apressou na contratação de seis mil espiões cubanos. "Parece que há um jovem gênio em Havana que invadiu os computadores da Nasa, encontrou as usinas de enriquecimento de urânio norte-coreanas e, pasmem, decifrou os versos Açaí/ guardiã/ Zum de besouro/ um imã/ Branca é a tez da manhã", comemorou.

Animado com o aquecimento do mercado de espionagem, o governador Sérgio Cabral abriu uma licitação para empresas interessadas em bisbilhotar o Rio de Janeiro. Minutos depois, um homem misterioso realizou o IPO da empresa CIAX na Bovespa.

Procurados pelo piauí Herald, Gil e Djavan disseram estar ocupados trocando emails sobre as últimas colunas de Caetano Veloso no Globo.



Publicado originalmente em 8/7/2013

Brasília faminta, por Paulo Guedes

O Globo

A percepção popular de que sobram privilégios e falta responsabilidade à classe política ressoa na voz das ruas. No exato momento em que o povo reclama do desconforto diário e do alto custo para chegar ao trabalho e voltar para casa, gastando muito tempo e dinheiro com transportes públicos, os presidentes do Senado e da Câmara e o ministro da Previdência Social usam jatinhos da FAB para programações sociais com amigos e familiares.

É cada vez mais perturbadora a insensibilidade dos políticos aos desafios de uma democracia representativa diante de inovações tecnológicas como as redes sociais. Nesta nova era de transparência e responsabilização na condução de atividades públicas, há fotos e testemunhos de seus abusos da coisa pública em tempo real.

“A escalada dos impostos tornava os privilégios dos aristocratas mais evidentes e ofensivos ao restante da população. A centralização burocrática do poder político e dos recursos financeiros enfraqueceu também a legitimidade dos poderes locais. A manutenção dos privilégios e a ausência de responsabilidades destruíram a legitimidade da aristocracia”, diagnosticava Alexis de Tocqueville, em seu clássico “O Antigo Regime e a revolução” (1856).

“À medida que a opinião pública se inflama, o Parlamento avança sobre assuntos políticos, mas o governo central e seus agentes, com requintes aperfeiçoados pela experiência de ocupação da máquina pública, usurpam ainda mais poderes administrativos.”

Em seu capítulo VII, intitulado “Como a capital da França adquiriu preponderância sobre as províncias e usurpou ainda mais poderes para controlar a nação”, Tocqueville refere-se a uma carta escrita a um amigo por Montesquieu em 1740: “A França não é mais do que Paris e as poucas distantes províncias que Paris ainda não teve tempo de engolir.” Há uma crise de representatividade no ar. A social-democracia hegemônica não ousou enfrentar o Estado do Antigo Regime. Ante o desafio das reformas, preferiu aliar-se aos conservadores. Mesmo em sucessivas tentativas de estabilização, esteve sempre ausente a dimensão fiscal.

As alianças PSDB-PFL e PT-PMDB são o testemunho de uma transição incompleta do Antigo Regime para a Grande Sociedade Aberta. O abraço de Lula, Maluf e Sarney explica tudo.




Transcrito do Blog do Noblat de 8/7/2013

Olá! Bom Dia!

     
                       Bom Dia, São Paulo. Feliz 9 de Julho!