domingo, 7 de julho de 2013

Fim de Tarde

                             
                                        Que tal rever um concerto
        no Palais des Congrès (1991) em Paris com
              Charles Aznavour e Liza Minelli
                                        

Para a Hora do Chá

Soneto

Não se passa, meu bem, na noite e dia
Uma hora só, que a mísera lembrança
Te não tenha presente na mudança,
Que fez, para meu mal, minha alegria

Mil imagens debuxa a fantasia,
Com que mais me atormenta e mais me cansa:
Pois se tão longe estou de uma esperança,
Que alívio pode dar-me esta porfia!.

Tirano foi comigo o fado ingrato,
Que crendo, em me roubar, pouca vitória,
Me deixou para sempre o teu retrato:

Eu me alegrava da passada glória,
Se quando me faltou teu doce trato,
Me faltava também dele a memória.

Cláudio Manoel da Costa

A palavra é de... Carlos Brickmann

(...) Sob os meus pés os caminhões

Em São Paulo há um feriadão que emenda o fim de semana na terça, 9 de Julho. Os estudantes estão de férias. E nem assim a crise arrefece: a tal greve geral, promovida por centrais que têm excelentes motivos para ser governistas, pode desfazer-se antes da data marcada, dia 11, mas a paralisação dos caminhões é crise séria.



Desmanchar a irritação dos caminhoneiros é tarefa urgentíssima.

Sobre a cabeça os aviões

Das viagens de Suas Excelências com o dinheiro de Nossas Excelências:

1 - O ministro Garibaldi Alves levou de carona, no avião da FAB, um empresário poderoso, Glauber Gentil, que certamente por coincidência é sócio de seu filho, Bruno Alves, na BRJM Seguros. Garibaldi e Glauber fizeram pela FAB a rota Fortaleza-Rio. Foi um programa bem familiar. Garibaldi ficou no Rio, mas seu filho, o presidente da Câmara Henrique Alves, voltou para o Nordeste pela FAB com a noiva e a família da noiva; e levou também Glauber Gentil.

2 - O presidente do Senado, Renan Calheiros, acabou pagando algum troco pelo uso do avião. Mas reclamou: disse que tinha direito a avião de representação - o da Força Aérea Brasileira.

E desde quando avião militar é de representação?

Eu organizo o movimento

Os casos citados são escandalosos, sem dúvida; mas houve quem trabalhasse para dar ênfase aos escândalos. Num outro caso, em que se envolveu um ministro café-com-leite, sem grandes perspectivas político-eleitorais, o escândalo foi no mínimo do mesmo tamanho, mas repercutiu muito menos.

Deu-se que o ministro da Integração Nacional, Fernando Pimentel, pagou com dinheiro público a passagem, hospedagem, alimentação e turismo de nove blogueiros de diversos Estados nordestinos, que foram especialmente a Brasília para entrevistá-lo. Entrevistas favoráveis, claro. E o esforço de popularização saiu baratinho, para ele.

No pulso esquerdo o bang-bang

Dizem que a história foi assim: Wellinton Costa, assessor do deputado Henrique Alves, presidente da Câmara, foi assaltado em Brasília. Os bandidos revistaram seu carro e levaram uma maleta com R$ 100 mil. Dinheiro que acabara de ser retirado do banco? Não, nada disso: o dinheiro tinha sido retirado há três dias e continuava guardado no carro.

Qual a origem do dinheiro? Wellinton não conta. Em resumo, o assessor de um deputado importante passou três dias carregando uma maleta com R$ 100 mil, de origem não esclarecida, até ser assaltado.

De três, uma: acostumado a Brasília, o assessor não achava que R$ 100 mil fossem muito dinheiro, que merecesse ser guardado em lugar seguro; ou não pode contar de onde vem o dinheiro, o que é curioso; ou não tinha retirado o dinheiro há três dias, e seria interessante explicar o motivo do segredo. É isso, né?

Passe livre

O transporte no país é ótimo, rápido, confortável, barato. Que o digam Garibaldi Alves, Renan Calheiros, Joaquim Barbosa, Henrique Alves e outros.


carlos@brickmann.com.br 
www.brickmann.com.br

Il Buono, il Brutto, il Cattivo (1966)

Cena final do excelente filme dirigido por Sergio Leone, com trilha sonora de Ennio Morricone, interpretado por Clint Eastwood, Eli Wallach e Lee Van Cleef, "Três homens em conflito" só tinha um defeito, o título que lhe deram em português...  No DVD já corrigiram esse horror. Agora o filme pode ser chamado pelo seu nome: "O Bom, o Mau e o Feio".

Arca do Tesouro

Fotografia: Inverno (1960) e Inquietude (c.1960) 

Fiquei tão encantada com as fotos de René Maltête encontradas em um site especializado em fotografias que resolvi pesquisar sobre sua vida. Maltête nasceu em Lamballe, na Bretanha, uma parte da alma da França. É linda, de uma beleza às vezes selvagem, às vezes tocante.

Nascido em 8 de maio de 1930, faleceu no ano 2000. Merecia ter vivido mais. Ao ficar sabendo que ele falecera, escrevi para seu filho pedindo autorização para postar na Obra-Prima do Dia do Blog do Noblat as fotos do seu acervo. Robin Maltête foi muito gentil, permissão concedida.

Poeta, humorista, ecologista antes disso virar palavra do dia a dia, errando pelas ruas, Maltête tinha a capacidade de colher com sua objetiva tanto os instantes incomuns quanto os comuns da vida quotidiana em Paris.




Engraçadas, poéticas, ternas, suas fotos têm ainda a qualidade e o selo de seu grande talento e o domínio seguro do jogo da luz e da sombra, do enquadramento perfeito, que fazem de suas fotos em preto e branco uma ode à fotografia como arte maior.

Maltête estava sempre atento ao inusitado, levando em conta o espaço inesperado entre a ocorrência do fato e a intervenção do fotógrafo.

Podemos, por exemplo, ver em suas criações o pensamento do fotografado: mais que uma simples imagem fixada no negativo, sempre encontramos em sua obra uma reflexão filosófica.




O traço de humor está sempre presente. Do pouco que li sobre ele esta semana (há infelizmente pouco para ler), resta a certeza que o humor era o antídoto que Maltête usava contra o espírito grave, sério, das pessoas que julgam que para serem tidas como respeitáveis é necessário aparentarem um ar circunspecto o tempo todo.

Para Rene Maltête, o humor era o oxigênio do qual ele necessitava para manter à distância a realidade da vida que é, na maioria das vezes, trágica, e essa sensação, é a impressão que tenho, o assombrava.

Humor? Sim. Mas com uma dose de lirismo que aperta o coração do espectador, como nas fotos de hoje:  Inverno e Inquietude


Acervo Robin Maltête


por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa 
Da série Obra-Prima do Dia publicada no Blog do Noblat (15/0818/8/2011)

Obrigado, Brasil

É o que nos diz o Die Zeit.

Por Christian Spillerredator da editoria de esportes do semanário Die Zeit

Por esta, os senhores da Federação Mundial de Futebol (Fifa) não esperavam: um milhão de pessoas protestaram na quinta-feira à noite (20/6) em 100 cidades contra estádios caros e o gigantismo da Fifa. 

Justamente no Brasil, o país do futebol. 

O protesto destina-se, obviamente, não apenas à Fifa. As pessoas levantam-se contra a incapacidade de seu governo de concatenar o desenvolvimento social ao econômico. Levantam-se contra corrupção e inflação. E contra a reverência do governo brasileiro ante a Fifa e o COI, os dirigentes da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.




As pessoas estão revoltadas que seu país aceite a atitude “é pegar ou largar” que a Fifa e o COI impõem aos seus países anfitriões. Revoltam-se contra contratos restritivos das federações bilionárias que exigem isenção de impostos, exclusividade para seus patrocinadores bilionários e demandas por estádios ainda maiores, mais hotéis e aeroportos.

Os brasileiros não estão mais dispostos a aceitar isso. Ninguém deverá mais definhar para manter no ar a novela do esporte. Ninguém que não pode pagar o ônibus, o pão e a educação deve servir como pano de fundo para uma copa do mundo e imagens olímpicas ensolaradas. Se for para aceitar os padrões da Fifa, então, por obséquio, também para hospitais e escolas. Essa é a reivindicação da “voz das ruas”. Os brasileiros são os primeiros fãs de esporte do mundo que a pronunciam em voz alta.

Eventos mais modestos

As populações do Rio, de São Paulo e de Belo Horizonte fazem, deste modo, um favor ao mundo inteiro. Seus protestos evidenciam não só a maturidade democrática de um país que até trinta anos atrás era governado por generais. Expressam um sinal de “Pare” aos gigantes do esporte: até aqui e não mais. 

Finalmente, uma democracia levanta-se contra a profundamente antidemocrática Fifa. O que a África do Sul em 2010 e mesmo a Alemanha em 2006 não ousaram, assume agora um país emergente, que luta por seu lugar no mundo.

Há poucos meses, os cidadãos de Viena, seguidos pelos suíços do cantão de Graubünden se recusaram, em futuro próximo, a receber os Jogos Olímpicos em suas cidades. Grande demais, caro demais, não precisamos. Um estudo dinamarquês do ano 2011 mostra que eventos esportivos de grande porte migram das democracias da Europa e de América do Norte para estados autoritários, onde ninguém se insurge. Para a China, a Rússia, o Qatar. O Brasil era praticamente uma exceção democrática. As consequências são vistas agora.

Mas quem é que lê estudos dinamarqueses? As pessoas no Brasil mostram, finalmente, nas ruas, a insustentabilidade desta situação. A Fifa e o COI terão do que refletir diante destas imagens. Se, por conveniência, se retirarem para países de regimes autoritários, perderão, mais cedo ou mais tarde, a legitimidade democrática. Devem retornar, mas de outra forma. Devem incluir os anfitriões, permitir que participem também financeiramente. Os eventos devem tornar-se mais modestos, mais transparentes, mais individuais. 

As grandes federações de esportes terão que reorientar-se. Isso beneficiará todos, também os atletas e as competições, que, há muito, são tema marginal nesses grandes eventos. Por tudo isso, obrigado, Brasil!


Reproduzido do semanário alemão Die Zeit, 21/6/2013; tradução de Carla Bessa


Transcrito do Observatório da Imprensa de 7/7/2013

Ruy Fabiano

Velhas ideias novas

No final de abril de 2007 (está nos jornais de então), um grupo de dez juristas, entre os quais quatro ex-presidentes da OAB, foi recebido em audiência no Palácio do Planalto pelo presidente Lula, a convite deste.

Lula, ainda escaldado pelas três CPIs do Mensalão, que, em 2006, funcionaram simultaneamente e quase o levaram ao impeachment, havia encomendado, por intermédio de seu ministro da Justiça, Tarso Genro, sugestões para mudar o funcionamento daquelas comissões, impondo-lhe limites.

Esquecido do uso que o PT, desde sua estreia no Parlamento, fizera das CPIs, transformando-as em instrumento de desestabilização de governos, Lula queixava-se de seu uso abusivo.

Segundo ele, as CPIs violavam direitos constitucionais, transformavam testemunhas em réus, quebravam sigilos à revelia da Justiça, fazendo da tribuna palanque político – algo que o PT, claro, sempre abominou.

Nunca se soube o que continha o tal estudo, que acabou arquivado. Mas o ponto não é esse. No curso da conversa, Lula, para surpresa de seus interlocutores, pôs subitamente outro tema em pauta: a reforma política. E aí, pela primeira vez, falou da hipótese de convocação de uma mini-Constituinte (esse o termo que empregou) para fazer a reforma política.

Não era um tema inédito, já que objeto de uma PEC no Congresso, de autoria do deputado Miro Teixeira. Mas o governo jamais se manifestara sobre o assunto.

Ao final da audiência, o Planalto registrou o encontro como se o tema houvesse sido levado a Lula – e não o contrário. Alguns jornais noticiaram a ideia como “proposta da OAB”, o que levou seu então presidente, Roberto Busato, a esclarecer, em nota oficial, que o tema já havia sido discutido e rechaçado um ano antes na entidade, por sua inconstitucionalidade.

Na conversa, o presidente queixou-se das dificuldades de aprovar uma reforma política, que todos concordaram necessária. Parou aí a concordância. O presidente explicou que essa Constituinte funcionaria paralelamente ao Congresso, seria integrada não apenas por representantes dos partidos políticos, mas também por cidadãos.

Não entrou em tecnicalidades, até porque não são de seu domínio. Não houve também, da parte dos juristas, surpreendidos com o tema, qualquer comprometimento de levá-lo adiante ou de apresentar estudo ou proposta a respeito, já que o presidente, registre-se, não o solicitara e dera-lhe aparência de mera digressão.

Foi, e isso ficou claro, um balão de ensaio, que, diante das reações, dentro e fora do Congresso, não vingou. Eis que, agora, no calor das manifestações, a presidente Dilma e o PT o repõem como uma ideia da hora, como se correspondesse a um anseio popular.

Mais uma vez, porém, diante das reações – inclusive de ministros do STF -, foi preciso recuar, não se sabe até quando. Mas não há problema: repertório parece inesgotável.

Outra ideia antiga, a do plebiscito para a reforma política, vem à tona, apresentada como nova. Já constava, no entanto, de documento do PT, fruto de uma de suas inumeráveis conferências nacionais ao tempo do governo Lula, posteriormente inclusa no programa de governo que Dilma apresentou na campanha eleitoral e depois suprimiu, em face (também) das reações.

O que fica claro é que o governo, vilão nas manifestações de rua, procura delas tirar proveito, pondo em pauta seu projeto de poder total. Inspira-se no modelo chavista de democracia direta – concebido no Foro de São Paulo (criado há 23 anos por Lula e Fidel Castro), adotado na Bolívia e no Equador -, que torna a participação do Congresso meramente homologatória.

A democracia direta (nada a ver com Estado democrático de Direito) é a velha ditadura populista, sob falsa aparência. Joga no lixo as instituições, o direito dos que se opõem, censura a imprensa e eterniza no poder o mesmo partido.

Qualquer semelhança com o que presentemente se propõe deve-se ao fato de que é o que presentemente se propõe.


Ruy Fabiano é jornalista.
Transcrito do Blog do Noblat de 6/7/2013

Palavrinha

E Maria Eduarda nasceu!

Vocês leram a reportagem sobre o bebê que nasceu na calçada em Copacabana? E viram o vídeo, não é?

Repararam?

Estão todos certos menos as dezenas de pessoas que pararam para ajudar Mônica em trabalho de parto:

a) a UPA deu o atendimento correto: a Mônica, impaciente, é que não quis esperar;

b) a Unimed não se negou a atender, foi uma questão de timing;

c) os Bombeiros chegaram ao local só 18 minutos depois.

Parece que se esqueceram de uma coisa: não eram dezenas de pessoas na calçada. Eram dezenas de cidadãos na calçada.

E o cidadão com sua cervejinha tem toda a razão: "isso é a coisa mais linda do mundo"

Uma perguntinha: vocês não acham que em todas as UPAs devia haver um Obstetra de plantão? MH

Mulher dá à luz na calçada, em frente a hospital de pronto atendimento em Copacabana

Miguel Caballero e Márcio Menasce, O Globo





Uma mulher entrou em trabalho de parto dentro do supermercado Pão de Açúcar, na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, Zona Sul do Rio, por volta das 16h deste sábado. A gestante foi socorrida por clientes do supermercado e pedestres, que acionaram o Corpo de Bombeiros, e foram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próxima para pedir ajuda.

Segundo o morador Ricardo Novaes, que passava pelo local, funcionários da UPA, no entanto, informaram que nada poderiam fazer para ajudar e se recusaram prestar atendimento. Além disso, segundo ele, os bombeiros demoraram a chegar ao local.

O parto improvisado foi realizado com a ajuda de uma mulher que passava por ali e sob os olhares do pai - e só depois de vários minutos a mãe, Mônica Arouca de Souza, foi atendida por um médico e enfermeiras de um hospital de Pronto Atendimento da Unimed, que fica bem em frente ao local, do outro lado da rua. Antes de entrar com a esposa e a filha recém-nascida no hospital, o pai contou rapidamente que eles tinham ido à UPA do bairro momentos antes, e que foram orientados a voltar para casa. No meio do caminho, nasceu Maria Eduarda.

Foram minutos com toques de surrealismo na esquina de Copacabana. De repente, uma agitação e rapidamente a notícia se espalhou em lojas e restaurantes daquela quadra.

Cercada por dezenas de curiosos, a mãe aparentava calma. Logo as pessoas se deram conta do hospital da Unimed, que fica bem em frente ao supermercado. Na recepção, um médico e duas enfermeiras alegavam que não podiam deixar o local, o que gerou revolta. Durante cerca de cinco minutos, foi aumentando o número de pessoas na porta do hospital, protegida por dois seguranças. Gritavam que era obrigação dos médicos atendê-las, os acusavam de omissão de socorro e quando uma enfermeira disse "tragam ela para cá que atendemos", o tempo quase fechou de vez.

Enfim o médico e três enfermeiras concordaram em atravessar a rua e prestaram atendimento a Mônica. Um bêbado quase derramou o copo de cerveja sobre as enfermeiras enquanto repetia "isso é a coisa mais linda do mundo", até ser afastado por um policial. O atendimento era prestado ali mesmo, na calçada, o que gerou nova tensão: as pessoas exigiram que a mulher e a bebê fossem levadas para dentro do hospital. "Vocês não podem fazer isso aqui", gritavam. Logo chegou a maca que levou mãe e filha, sob aplausos, risos nervosos e certa comoção geral. Com tanta gente em volta, era preciso se esforçar para conseguir ouvir o primeiro choro de Maria Eduarda.

Pelo menos três pessoas entre as dezenas que estavam ali compararam a pressão e a exigência de que Mônica e o bebê fossem atendidos pela unidade hospitalar particular às manifestações populares das últimas semanas no país. "Agora ninguém mais aceita as coisas calado, onde já se viu?", disse uma senhorinha de Copacabana.
— Estão passando muito bem as duas, tanto a mãe quanto o bebê. A gente levou elas lá para dentro, fizemos toda a limpeza, os cuidados e está tudo bem — contou uma enfermeira que participou do atendimento.

A ambulância do Corpo de Bombeiros só chegou depois disso tudo. Cerca de 20 minutos depois de terem entrado no Pronto Atendimento da Unimed, pai, mãe e bebê foram levados pela ambulância dos bombeiros para o hospital municipal Miguel Couto, na Gávea.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, a paciente Mônica Arouca de Souza, grávida de 8 meses, deu entrada na UPA apresentando dor abdominal e contração.

"A paciente foi atendida e constatada a necessidade de transferi-la para uma maternidade ou hospital que contasse com obstetra. Como a ambulância da UPA de Copacabana estava realizando atendimento, a paciente não aguardou que se buscasse outra ambulância e deixou a unidade de saúde à revelia", diz a nota enviada pelo órgão.

Para a Unimed, não houve negativa de atendimento, que ocorreu de forma imediata.

"A paciente e a criança recém-nascida foram, num primeiro momento, atendidos em via pública, uma vez que o nascimento da criança já havia acontecido. Depois ambos foram encaminhados para a unidade para avaliação e primeiros atendimentos. Posteriormente a família foi transferida para unidade pública de saúde. A equipe da unidade prestou o socorro adequado ao momento. A criança e a mãe estavam estáveis e em boas condições quando foram transferidas da unidade", informou a empresa.

O Corpo de Bombeiros, por sua vez, informou que o pedido de atendimento por telefone foi realizado às 15h50min. Ainda segundo a corporação, a equipe chegou ao local 18 minutos depois, às 16h08min.

O Globo

Olá! Bom Dia!


       Zeca Pagodinho em Deixa a vida me levar