quarta-feira, 12 de junho de 2013

Palavra da Coruja


Quando a derrota é inevitável, é mais sábio ceder.
Quintiliano

Fim de Tarde


Charles Aznavour em
J'en déduis que je t'aime

Par la peur de te perdre et de ne plus te voir
Par ce monde insensé qui grouille dans ma tête
Par ces nuits sans sommeil où la folie me guette
Quand le doute m'effleure et tend mon coeur de noir
J'en déduis que je t'aime
J'en déduis que je t'aime

Par le temps que je prends pour ne penser qu'à toi
Par mes rêves de jour où tu règnes en idole
Par ton corps désiré de mon corps qui s'affole
Et l'angoisse à l'idée que tu te joues de moi
J'en déduis que je t'aime
J'en déduis que je t'aime

Par le froid qui m'étreint lorsque je t'aperçois
Par mon souffle coupé et mon sang qui se glace
Par la désolation qui réduit mon espace
Et le mal que souvent tu me fais malgré toi

Par la contradiction de ma tête et mon coeur
Par mes vingt ans perdus qu'en toi je réalise
Par tes regards lointains qui parfois me suffisent
Et me font espérer en quelques jours meilleurs
J'en déduis que je t'aime
J'en déduis que je t'aime

Par l'idée que la fin pourrait être un début
Par mes joies éventrées par ton indifférence
Par tous les mots d'amour qui restent en souffrance
Puisque de te les dire est pour moi défendu
J'en déduis que je t'aime
J'en déduis mon amour.

Para a Hora do Chá


Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,

Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: — Mais servira, se não fora
Pera tão longo amor tão curta a vida!

Luiz de Camões

A palavra é de... Ateneia Feijó

Vidas em conflito

Em pleno século 21, o Brasil virou notícia global por conflitos de terra entre indígenas e produtores rurais no Mato Grosso do Sul. Com a morte dramática de um índio e vários feridos!

Como esse tipo de guerra ainda acontece por aqui?

Não, ainda não sabemos negociar questões históricas de disputa de território entre etnias culturalmente diferentes. Mesmo que sejamos ou tenhamos sido conhecidos por um jeito pacífico de atuar no mundo.
Se não há competência dos governos em identificar e gerir problemas regionais com tensões acumuladas, passa-se a lidar com bombas-relógio.

O foco desta vez são os terenas. Vivem no Mato Grosso do Sul, o segundo estado com a maior concentração de índios no país: 8,6% (o Amazonas é o primeiro com 20,5%). Mas, ao contrário do que acontece na região amazônica, estão confinados em pequenas áreas próximas de centros urbanos.

Na década de 1970, eram apontados por militares que administravam na época a Funai como os indígenas mais “desenvolvidos” do país. Isso significava o seguinte: eles seriam “assimilados” ou “aculturados” em breve. Poderiam se emancipar para deixar de ser “índios”.




Obviamente isso jamais aconteceria. Continuaram etnicamente terenas; com centenas deles formados em universidades, com mestrado, doutorado... Outros passariam a trabalhar nas fazendas produtivas que surgiriam por todos os lados, asfixiando suas reservas de dois mil hectares (constituídas em 1926).

Superpovoadas, as aldeias acabaram situadas nas periferias de cidades que também incharam. Enquanto seus territórios de ocupação tradicional foram demarcados e adquiridos por produtores rurais que receberam incentivos e títulos de propriedade.

Na ocasião, aquela terra pouco ou nada valia financeiramente. Agora, seus proprietários exigem indenização para entregá-las, já que nela investiram suas vidas e de suas famílias. Não tiram a razão dos índios, reconhecem que as terras lhes pertenciam; porém, se consideram tão enganados quanto eles.

É bom saber que o advogado Luiz Henrique Eloy, que vem acompanhando o processo judicial em Buriti, é índio terena nascido numa das aldeias da região.

Às lideranças indígenas autênticas e aos fazendeiros de boa fé só interessa uma solução negociada. Ao contrário dos que desejam radicalizar, sem se importar com as vidas humanas que podem ser destruídas no conflito.

É legítimo pressionar estrategicamente, buscar visibilidade para a causa. Inadmissível é a irresponsabilidade cruel de querer produzir mártires.


Ateneia Feijó
é jornalista.
Transcrito do Blog do Noblat de 11/06/2013

E quando o professor Higgins descobre que estava apaixonado?

Nos momentos finais de My Fair Lady, Rex Harrison, no papel do extraordinário professor Higgins, dá um show de interpretação. Como não era cantor, diz a música que nossos ouvidos e coração ouvem como se fosse pura melodia. Brilhante o ator e deliciosa a letra da canção:


Damn! Damn! Damn! Damn!
I've grown accustomed to her face. 
She almost makes the day begin.
I've grown accustomed to the tune that
She whistles night and noon.
Her smiles, her frowns,
Her ups, her downs
Are second nature to me now;
Like breathing out and breathing in.
I was serenely independent and content before we met;
Surely I could always be that way again-
And yet 
I've grown accustomed to her look; 
Accustomed to her voice; 
Accustomed to her face. 

"Marry Freddy." What an infantile idea. What a heartless, 
wicked, brainless thing to do. But she'll regret, she'll 
regret it. It's doomed before they even take the vow!

I can see her now, Mrs. Freddy Eynsford-Hill 
In a wretched little flat above a store.
I can see her now, not a penny in the till,
And a bill collector beating at the door.
She'll try to teach the things I taught her,
And end up selling flowers instead.
Begging for her bread and water,
While her husband has his breakfast in bed. 
In a year, or so, when she's prematurely grey, 
And the blossom in her cheek has turned to chalk. 
She'll come home, and lo, he'll have upped and run away 
With a social-climbing heiress from New York. 
Poor Eliza. How simply frightful!
How humiliating! How delightful!
How poignant it'll be on that inevitable night 
When she hammers on my door in tears and rags.
Miserable and lonely, repentant and contrite.
Will I take her in or hurl her to the walls?
Give her kindness or the treatment she deserves?
Will I take her back or throw the baggage out?

But I'm a most forgiving man; 
The sort who never could, ever would, 
Take a position and staunchly never budge. 
A most forgiving man. 
But, I shall never take her back, 
If she were even crawling on her knees. 
Let her promise to atone; 
Let her shiver, let her moan; 
I'll slam the door and let the hell-cat freeze!

"Marry Freddy"-h a! 

But I'm so used to hear her say 
"Good morning" ev'ry day. 
Her joys, her woes, 
Her highs, her lows, 
Are second nature to me now; 
Like breathing out and breathing in. 
I'm very grateful she's a woman 
And so easy to forget; 
Rather like a habit 
One can always break- 
And yet, 
I've grown accustomed to the trace 
Of something in the air; 
Accustomed to her face.

Arca do Tesouro

Arquitetura: Biblioteca Bodleian (1602)
                   Acima foto do imenso salão de leitura em cima da Escola de Teologia (1488)
A biblioteca da Universidade de Oxford, uma das mais antigas da Europa, na Inglaterra só perde em tamanho para a famosa British Library do Museu Britânico, Londres. Seu nome é Bodleian Library, mas o mundo acadêmico de Oxford a chama de Bodley ou simplesmente pelo apelido, the Bod. 
É uma das cinco bibliotecas inglesas encarregadas do depósito legal de obras publicadas no Reino Unido e sob a Lei Irlandesa lhe é permitido requisitar uma cópia de livros publicados na República da Irlanda. A Bodleian é uma biblioteca de referência e pesquisa e seus documentos não podem ser removidos das salas de leitura.

Ela é composta por um grupo de cinco prédios nas proximidades da Broad Street: vão do mais antigo, que data da Idade Média tardia, conhecido como Biblioteca do Duque de Humphrey, ao mais moderno, a Nova Bodleian, de 1930.





Um dos prédios mais lindos é esse da imagem acima, o Radcliffe.

Além dos cinco acima mencionados, fazem parte do conjunto cerca de 30 unidades que respondem pelo funcionamento do grupo, entre bibliotecas de faculdades e departamentos.

No século XIV o bispo de Worcester criou uma biblioteca situada na Igreja de Saint Mary Virgin, na principal rua de Oxford, a High Street.

A coleção cresceu muito, mas foi só entre 1435 e 1437, quando Humphrey, Duque de Gloucester, fez a doação de sua grande coleção de manuscritos para a Escola de Teologia que o espaço finalmente foi oficialmente considerado insuficiente,  e a necessidade de um novo prédio ficou aparente. Esse também ficou pequeno...
No século XVII, Thomas Bodley ofereceu ao vice-chanceler da Universidade a reforma da biblioteca original e a construção de um novo prédio, que ficou pronto em 1602 e recebeu o nome do mecenas, além de herdar sua grandiosa biblioteca particular.

Foi quando a Bodleian passou a ser uma biblioteca aberta a todos os membros da comunidade acadêmica.
Seus números são impressionantes: o grupo Bodleian cuida de mais de 11 milhões de itens em 188 quilômetros de prateleiras e tem uma equipe de mais de 400 funcionários. Seu contínuo crescimento fez com que cerca de 1 milhão e meio de itens fossem armazenados em depósitos fora de Oxford, inclusive numa mina de sal desativada, no Cheshire.



Iluminura c. século VI: São João Evangelista lê o Livro do Apocalipse

O acervo é muito rico: manuscritos valiosíssimos; códices cuja importância é desnecessário enfatizar, bastando citar o mais antigo manuscrito dos quatro Evangelhos, em cóptico, antigo idioma egípcio; a Bíblia de Gutemberg, de ca.1455, uma das únicas cópias completas que ainda existem; um primeiro in-fólio de Shakespeare, de 1623 e muitas outras raridades. Acima e abaixo, iluminuras que fazem parte do acervo da the Bod.



Marco Polo sai de Veneza em 1271 (detalhe de uma iluminura c.século XV) 


Universidade de Oxford, Oxford, Inglaterra

por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
Da seção Obra-Prima do Dia publicada originalmente no Blog do Noblat  (29/05/2012)

A cidade de São Paulo sofre

A situação em São Paulo está assustadora. Preocupante seria muito fraco. Está mesmo é assustadora.

Ontem fui ao centro do Rio aonde não ia há muito tempo. E comentei ao chegar em casa o que senti o tempo todo: o carioca está amargo, aborrecido. Está diferente do que sempre foi.

Amigos de BH, de Recife e de Belém dizem o mesmo.

Às vezes eu me belisco para ver em que ano estou. Será mesmo 2013? Porque eu já vivi num Brasil assim. Estamos andando para trás?

Cadê o Lula, o ex-presidente em exercício que em cima dum palanque convence o povo de tudo? O prefeito é cria dele.

Cadê dona Dilma? Não era hora de uma palavrinha ao povo?

Cadê o Alckmin?

Ouço agora na Globo News o prefeito em exercício. Cadê o Haddad, o prefeito que brilhou no ENEN e agora brilha em SP?

A situação está muito séria. E apavorante.




O promotor de Habitação e Urbanismo não quer pensar em crime, quer pensar em conciliação... Que Deus o ajude.

Palavrinha

Não sei qual o propósito dos pais e mães de hoje. Esse hoje está mal colocado, posto que não é recentíssimo. Essa é uma moda que já tem um tempinho. Desde pelo menos o tempo do Xou da Xuxa... Lembram?

Mas vem se acentuando com o tempo.

Refiro-me ao modismo de ultrapassar etapas: fazer da infância uma fase reduzida ao máximo.

As meninas não usam maquiagem apenas quando estão brincando e interpretando papel de Barbie, princesa, rainha, mãe, avó, professora, ou seja lá qual o personagem das histórias que criam. Não, não.

Usam esmalte vermelho, baton forte, blush, sombra nos olhos, lápis nas sobrancelhas e, se calhar, até no contorno dos olhos em seu dia a dia. Há estojos com produtos anti-alérgicos próprios para crianças - pelo menos esse cuidado.

Vejam na foto: há até estojos com pinças! Será que elas depilam as sobrancelhas? Coitadinhas...


Desculpem, pais e mães adeptos dessa onda, mas fico com pena. Parecem muito mais velhas do que são e perdem, ao adotar um comportamento que combine com a maquiagem, o ar infantil. Ficam ridículas.

Pergunto: quando chegarem à adolescência vão imitar as adultas? Nem quero saber como...

Carlos Brickmann

Votando com o bolso

Quando Clinton decidiu candidatar-se à Presidência americana contra George Bush, os analistas lhe davam poucas chances: vinha de um Estado pequeno, o Arkansas, e seu adversário tinha o prestígio da vitória na Guerra do Golfo, que expulsou os iraquianos do Kuwait. Mas viu uma fraqueza em Bush: a economia crescia pouco, gerando desemprego. Seu assessor James Carville cunhou a frase usada sempre que a campanha se desviava do rumo: "É a economia, estúpido".

E é a economia que explica como Dilma, favorita para 2014, caiu a ponto de tornar o segundo turno quase inevitável. Preços em alta corroem o prestígio dos governantes (o presidente Sarney, o político mais popular do país em 1986, não conseguiu sequer um candidato que aceitasse seu apoio em 1989). Com preços estáveis, tudo é aceitável - até o tumulto da Bolsa Família. Com preços em alta, até demarcação de terras indígenas gera problemas. Com preços estáveis, a presidente é enérgica e mantém os subordinados sob controle; com preços em alta, a presidente é grosseira, interfere em tudo e seu estilo centralizador é ineficiente.

Dá para mudar. Mas Dilma parece presa a dogmas da juventude, como as virtudes do intervencionismo governamental. Cortar despesas públicas? Não depois de proclamar que cabia ao Governo manter a economia em movimento, não depois de classificar de "rudimentar" a proposta do então ministro Palocci de permitir gastos só até o limite da arrecadação. Reduzir a máquina de Governo e cortar o número de ministérios? Depende dela. E este é o problema: depende dela.

O buraco do dólar

Inflação é grave; mas há outra questão talvez ainda mais grave, que é a degradação de nosso comércio internacional. A conta-corrente (resultado de todas as transações do Brasil com o mundo, em mercadorias, serviços e despesas diversas) estava negativa em US$ 54 bilhões, em dezembro. Nos doze meses que se encerraram em maio, o déficit estava em US$ 70 bilhões.

O Brasil tem reservas suficientes para aguentar muito mais do que isso, mas a tendência é negativa.

Até um dia, até talvez...

O ministro Dias Toffoli acredita que o julgamento do Mensalão ainda vai demorar muito - um ano ou dois. Só depois disso os réus teriam de cumprir pena. Os mensaleiros condenados que exercem cargos eletivos ganhariam tempo, até que seus mandatos expirassem (e aquela discussão sobre quem declara a vacância do cargo, se o Supremo ou a Câmara, perderia sentido, já que ninguém precisaria declarar o cargo vago). Toffoli diz que o prazo depende muito do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa; mas acredita que o julgamento dos embargos de declaração começa no segundo semestre e vai até a metade de 2014.

Depois, caso o Supremo os aceite, viriam os embargos infringentes. E o tempo passa.

...até quem sabe

Amanhã, dizia Chico Buarque, vai ser outro dia. Se não houver imprevistos, o ministro Celso de Mello deve se aposentar em 2015, e Marco Aurélio em 2016. Se der para chegar a essas datas, dois ministros que votaram pela condenação dos mensaleiros terão deixado o Supremo. Duas nomeações bem feitinhas trarão a certeza de que a formação de quadrilha ocorreu apenas nas festas juninas

Cultura inútil

Está completando o primeiro aniversário a pesquisa que o Senado encomendou para saber se o eleitor é favorável ou contrário ao projeto (PLS 181 - 2010) que determina a venda de remédios a preço de custo para aposentados. O resultado foi de 95,4% a favor do benefício. Para que? Para nada: como informa o colunista Aziz Ahmed, de O Povo, do Rio, o projeto continua mofando nas gavetas.

De pai para filho

O Brasil ainda mantém alguns toques de monarquia. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, é filha do ex-governador José Sarney; o senador Lobão Filho, suplente do senador, hoje ministro, antes governador, Édison Lobão, quer disputar em 2018 o Governo maranhense. Renan Filho, filho de Renan Calheiros, foi escolhido pelo PMDB para disputar o Governo de Alagoas; Hélder Barbalho, filho do ex-governador Jáder Barbalho, disputa, também pelo PMDB, o Governo do Pará. O governador do Paraná, o tucano Beto Richa, é filho do ex-governador José Richa. E isso só em cargos executivos; no Legislativo há ainda mais parentes.

Quem disse que as capitanias hereditárias são coisa do passado?

Juntos, mas separados

O PSD, como disse seu dirigente supremo Gilberto Kassab, não é de esquerda, nem de centro, nem de direita. Também não é oposição nem situação, nem muito pelo contrário. E apoia a reeleição de Dilma, mas nem tanto: em Minas, o PSD marcha com Aécio, do PSDB, contra Dilma; em Santa Catarina, o PSD (que ocupa o Governo do Estado, e é comandado pelo poderoso clã Bornhausen) já anunciou que está com Eduardo Campos, do PSB. Com Dilma, nem pensar.

Ainda não se sabe qual ala do PSD irá apoiar Marina, mas alguma surgirá.

Agenda providencial

Passeatas e vandalismo paralisam São Paulo. O prefeito Haddad, PT, e o governador Alckmin, PSDB, estão em Paris, discutindo uma exposição para 2020.



Olá! Bom Dia!


'Lady' Ella canta Cole Porter:
You're the top

At words poetic I'm so pathetic
That I always have found it best
Instead of getting 'em off my chest,
To let 'em rest - unexpressed.
I hate parading my serenading,
As I'll probably miss a bar,
But if this ditty is not so pretty,
At least it'll tell you how great you are.

You're the top! You're the Colosseum.
You're the top! You're the Louvre Museum.
You're the melody from a symphony by Strauss!
You're a Bendel bonnet,
a Shakespeare Sonnet,
you're Mickey Mouse!

You're the Nile! You're the Tow'r of Pisa.
You're the smile, on the Mona Lisa!
I'm a worthless check, a total wreck, a flop!
But if baby I'm the bottom,
you're the top!

You're the top! You're Mahatma Gandhi.
You're the top! You're Napoleon brandy.
You're the purple light of a summer night in Spain.
You're the National Gallery, you're Garbo's salary,
you're cellophane!

You're sublime. You're a turkey dinner.
You're the time of a Derby Winner.
I'm a toy balloon that's fated soon to pop!
But if baby I'm the bottom,
you're the top!

You're the top! You're a Waldorf salad.
You're the top! You're a Berlin ballad.
You're the nimble tread of the feet of Fred Astaire.
You're an O'Neal drama, you're Whistler's mama,
you're Camembert!

You're a rose. You're inferno's Dante.
You're the nose on the great Durante.
I'm a lazy lout who is just about to stop.
But if baby I'm the bottom,
you're the top!