segunda-feira, 10 de junho de 2013

Palavra da Coruja




Cinismo é um modo desagradável de dizer a verdade.
Lillian Hellman


Fim de Tarde

Ol'Blue Eyes... encanta com 
The Best Is Yet To Come

Para a Hora do Chá


Nel Mezzo del Camin...

Passou de leve a Esperança
Pelo meu coração...
Encantou-me no azul do meu sonho de criança:
Ardeu como uma estrela... E era um pobre balão!

Passou de leve a Alegria
Pelo meu coração...
O Amor, dentro em meu ser, como um jardim, floria...
Como é triste, meu Deus, esta recordação!

Passou de leve a Ventura
Pelo meu coração...
Como foi que passou, se a busco com loucura,
Sentindo-me infeliz por desejá-la em vão?


Alberto da Costa e Silva

El Tango


Forever Tango - na homenagem a Evaristo Carriego,
dançam Marcela Durán e Carlos Gavito

Arca do Tesouro

Puxa, que alívio, foi falha humana!

Mas que boa notícia! E eu apavorada pensando que esses apagões pudessem ser sabotagem de algum Maia ensandecido!

Você sabe, não é, que há Maias e Maias? Tinha os Maias intelectualmente robustos e os Maias parvinhos. Como dizia uma propaganda antiga nas rádios uruguaias para vender umas pastilhas digestivas: chiquititas, pero cumplidoras...

Sei lá, fiquei com medo que fosse um Maia chiquitito, pero cumplidor... Muito bom saber que foi um ser humano que falhou. Nos humanos podemos dar um jeito. Se não de imediato, pelo menos no dia em que eles forem parar diante do Joaquim Barbosa.

Mas que tal aproveitar sua descoberta que são os humanos que estão a fim de arrebentar com estepaís e dar um jeito nesse seu ministério e nos programas do governo?

O Brasil é imenso, enorme, e já está mais do que na hora de pelo menos voltar a ser o que já foi um dia: o país que olhava para o futuro com esperança e não com a desilusão de hoje.

Que tal essa sugestão? Dinheiro, de agora em diante, só para programas sensatos e voltados exclusivamente para Saúde, Educação, Transporte e Energia.

Esquece a Copa e as Olimpíadas, Dilma. Mateus, primeiro os teus. Vamos cuidar da nossa gente e não dos turistas. Aposto como eles serão os primeiros a aprovar. Já sofreram nas mãos de COIs, FIFAs e governos ambiciosos, sabem o que é isso.

Esquece o pré-sal. Até aquilo render dinheiro o Gabriel já estará formado em Engenharia Elétrica e terá encontrado a solução para impedir que os raios desliguem o sistema. Ele e a geração dele gargalharão muito às nossas custas, mas até lá, perdão, nem sorrir, Dilma, que dirá gargalhar.

Vamos lá: saúde. O que implica em alimentação. Em vez de TVs e jornais e revistas estatais, porque não mercados e mercadinhos municipais com produtos de boa qualidade e preços controlados?

Unidades de atendimento médico são imprescindíveis, mas sem médicos e enfermeiros? Os salários dos profissionais de saúde, assim como os dos professores, deveriam ser o teto salarial do país.

Invista nisso, Dilma. Já pensou todos os hospitais federais do Brasil com o nível do Moinhos de Vento, de Porto Alegre?

O transporte. Bondes, ônibus, metrôs, trens, barcos, aviões.

Primeira necessidade: transporte urbano de qualidade, funcionando bem. Primeira vantagem: um carro por família será mais do que bom. O morador da cidade vai agradecer por não ter que lidar com engarrafamentos, flanelinhas, detrans, seguros, oficinas, revendas, etc. e tal. Dê transporte decente que o carro passa a ser uma necessidade menor.

Uma malha ferroviária segura, trens como os que cruzam a Europa, a Ásia, os EUA. Trem de velocidade normal, que dê para ver a paisagem e até para ler um livro ou terminar um dever. Trens como os que já cortaram nossos estados no tempo de Pedro II! (ver foto abaixo)



Estação no Recife erguida em 1885.

Navegação de cabotagem como a que já tivemos unindo o Brasil de norte a sul (Itamar Franco nasceu num Ita, lembra?). Unir, em vez de separar, como queria o Lula. Esse método de dividir para melhor dominar já não cola, Dilma, é descerebrado.

Olha, achei um Cartão-postal da Cia. Costeira editado nos anos de 1920/30 com portos e datas de escala dos "Itas" que nos serviam. (Acervo- L. J. Giraud).




Nossos rios e lagos também não merecem bons barcos para transportar carga e passageiros? Sem falar que isso iria incrementar o turismo...

Aeroportos em bom estado, funcionando com segurança e conforto para usuários e funcionários, é fundamental. Não vamos repetir o erro de nossos pais: entra o carro, mata o trem e o navio. Voltam os trens e os barcos e esquece os aviões? Não, claro que não.

Mas esqueça, por favor, os tais 800 aeroportos regionais. Quem te deu esse número foi um daqueles Maias sabotadores, bote para correr.

O mesmo com a eletricidade, que sem ela é impossível saúde, educação, transporte. Energia solar? Energia eólica? Hidrelétricas? Usina nuclear? Tudo que temos direito, Dilma. O que não pode é ter apagões, o que não pode é ter gente morrendo – literalmente – pelo calor excessivo ou pela falta de energia durante um procedimento hospitalar.

Você tem fama e jeito de durona. Assim como o Joaquim Barbosa. Não é simpática. Ele também não é. Na semana passada comentei sua cara zangada ao chegar a Paris. Continuo a achar errado. Repito: acrescentar e não subtrair. Polidez não impede sinceridade. A sinceridade é vital. Chega de mentiras. Mas a polidez é fundamental.

Eu não tenho ideias fixas, sabe? Pensei melhor desde a sexta passada e concluí o seguinte: o temperamento dos presidentes do Executivo e do Judiciário pode vir a ser a nossa salvação. Chega de brasileiro tão bonzinho e tão falsinho. Chega de beijos e sorrisos e interesse e afeição mais rasos que um pires.

Vamos amar nossas crianças de todo nosso coração. Para que elas cresçam amando umas às outras e ao Brasil. Uma geração traz as outras a reboque, Dilma. Vamos lá. Os frutos serão nossos, mas os louros serão seus.


por Maria Helena RR de Sousa
Publicado originalmente no Blog do Noblat em 28/12/2012 

Mary Zaidan

A república do “eu não sabia”

Nenhum governante deveria mentir. Muito menos institucionalizar a mentira. Oferecer-se ao público e, de cara lavada, dizer que não sabia o que todo mundo sabe que o dirigente sabia. Ainda que se dê o benefício da dúvida e se admita que por vezes governantes não saibam o que se passa embaixo de seus narizes, é impossível admitir o não saber como padrão.

Oficializada pelo ex-presidente Lula, a república do “eu não sabia” virou moda.


ilustração: Elias Tabakeas


Lula jurou que foi traído, que nada sabia sobre o mensalão. No mesmo tom, disse ter sido “apunhalado pelas costas” pela sua ex-protegida Rosemary Noronha, que utilizava da intimidade com o presidente para traficar mimos. Lula também não sabia das peripécias de José Dirceu, que fora o craque, o capitão de seu time, que, por sua vez, desconhecia que seu assessor Waldomiro Diniz tinha negociatas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Assim como José Genoíno assinou sem saber os empréstimos do Banco Rural que lastrearam parte do mensalão.

Quando era ministro da Fazenda de Lula, Antonio Pallocci chegou a alegar que não sabia dirigir em Brasília, e, portanto, não poderia ter chegado pilotando um Peugeot cinza na casa da alegria do Lago Sul, conforme o caseiro Francenildo denunciara. Mais: não sabia e jamais soube da quebra do sigilo bancário do caseiro.
A lista do “eu não sabia” é infinda.

Aloizio Mercadante não sabia da compra do dossiê na qual o seu assessor foi flagrado e muito menos que a ação ocorrera para beneficiar a sua campanha ao governo do Estado e a de seu chefe Lula, que não sabia do envolvimento do seu assessor Freud Godoy na lambança dos aloprados.

O ex-ministro Fernando Haddad, hoje prefeito de São Paulo, não sabia dos kits contra homofobia que chegariam a seis mil escolas, jogados no lixo depois de suspensos pela presidente Dilma Rousseff.
Alexandre Padilha também não sabia da campanha “Eu sou feliz sendo prostituta”, veiculada por seu Ministério. Igualmente, Jorge Hereda, presidente da Caixa, não sabia que seus técnicos tinham mexido nas datas do pagamento do Bolsa Família, estopim para o boato de término do programa e para a corrida alucinada de beneficiários a agências, com quebradeiras e feridos.

Vendida por marqueteiros como exímia gestora, centralizadora e mandona, Dilma não foge ao figurino. É enganada toda hora. Nada sabia sobre as trapaças de Erenice Guerra, e, supõe-se, nada sabe das aprontações de auxiliares que ela própria faxinou e que agora renomeia.

Ninguém sabia que a refinaria de Pasadena (EUA) nada valia. Daí o equívoco de se pagar por ela U$ 1,18 bilhão. Uma conta que, ignorantes, não sabíamos.


Transcrito do Blog do Noblat de 09/06/2013

Palavrinha

A Quinta da Boa Vista

Leio sobre o Zoológico carioca e fico com o coração na mão.

Quando eu era criança, a Quinta era um parque lindo. Ir ao zoo era um programão.

O Palácio, que abrigava o Museu da Quinta da Boa Vista, era bem cuidado, não sendo rico como os museus europeus, mas bastante interessante. E dividia o espaço entre a vida da Família Imperial e o Museu de História Natural.

Isso nas décadas de 40 e 50.

Na década de 70 ainda levei filho e sobrinhos e turistas ao Zoo e ao Museu. Era um ótimo programa.

Animais de porte, os grandes da África, eram a atração máxima do Zoo, além das cobras e das araras. A jaula dos ursos chegou a ser objeto de um concurso e um famoso arquiteto carioca foi o vencedor.

O parque continuava lindo e um lugar delicioso para um piquenique ou uma tarde com as crianças. A Quinta poderia e deveria ser o nosso Central Park...

Já da última vez que estive lá, em 1982, saí triste. Achei os jardins e o zoo meio abandonados.





O Palácio, antigo Paço de São Cristóvão: li, há algum tempo, que o acervo científico do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (seu nome atual), é dos mais ricos em diversidade. Espero que continue assim.




Não sei de quando são essas fotos. Acabo de pegá-las na Internet. Pelo Maracanã, vê-se que essa acima não é recente. Eu a escolhi justamente para que quem não é do Rio possa ver como ela fica perto do Maracanã.

Olá! Bom Dia!


Como é isso que nós brasileiros fazemos, tocamos na banda e ganhamos duas mariolas e olhe lá, resolvi começar a semana no coreto cantando com a banda...

É bom ninguém se iludir com a carinha da raposa...