sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Para a Hora do Chá


Recordação

E tu esperas, aguardas a única coisa 
que aumentaria infinitamente a tua vida; 
o poderoso, o extraordinário, 
o despertar das pedras, 
os abismos com que te deparas. 

Nas estantes brilham 
os volumes em castanho e ouro; 
e tu pensas em países viajados, 
em quadros, nas vestes 
de mulheres encontradas e já perdidas. 

E então de súbito sabes: era isso. 
Ergues-te e diante de ti estão 
angústia e forma e oração 
de certo ano que passou.             

Rainer Maria Rilke

Tradução de Maria João Costa Pereira

Um comentário:

  1. Pois é... Esperar nem sempre é a melhor opção.
    Em 2002, iludido por propaganda enganosa, o eleitor brasileiro, em sua maioria, escolheu Lula. Em 2006, confirmou essa escolha e, em 2010, ainda iludido, triplicou a aposta escolhendo Dilma Rousseff. Mas ele esperava ter feito boa escolha.
    No entanto, em cada oportunidade, uma avaliação objetiva e rigorosa teria indicado outro caminho. Como esperar um bom resultado quando se entrega o governo de um país tão complexo como o Brasil a pessoas tão despreparadas e inexperientes?
    A partir de agora, o que deverá ser corrigido, somado ao que deverá ser criado, exigirá enorme competência e, sobretudo, liderança e honestidade.
    Que tal, em 2014, corrigir nosso rumo?
    Que tal, dessa vez, escolher um líder comprovado que já demonstrou sua capacidade para enfrentar e superar enormes desafios?
    Que tal garantir-lhe uma vitória consagradora (esmagadora?) que permita dispensar alianças espúrias?
    Que tal escolher FHC e começar, desde já, a trabalhar com afinco para elegê-lo?

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