sexta-feira, 28 de junho de 2013

A palavra é de... Sergio Vaz

Más notícias do país de Dilma

As atenções todas, nos sete últimos dias, ficaram voltadas para as manifestações nas ruas e para os shows midiáticos preparados pelos marqueteiros do Planalto para dar a impressão de que o governo federal estava respondendo aos protestos populares.

          Nada mais natural. As manifestações, afinal, foram as mais impressionantes que o país já viu desde o Fora Collor, em 1992, e as Diretas-Já, em 1984. Provavelmente até mesmo mais impressionantes do que aquelas.

          E os shows midiáticos foram muitos, com muito bumbo sendo tocado. Na sexta-feira anterior, 21 de junho, em cadeia nacional de rádio e TV, a presidente Dilma Rousseff leu o que estava escrito no teleprompeter durante dez minutos. E até que leu direitinho. Estão treinando a moça com competência.




           Na segunda, 24, os marqueteiros da Presidência colocaram 27 governadores e 26 prefeitos de capitais como coadjuvantes de novo espetáculo, em que a presidente propôs vários “pactos” e uma Assembléia Constituinte. A rigor, todos aqueles 53 senhores não foram nem sequer coadjuvantes – foram extras, aquelas pessoas que só aparecem para fazer número, figuração, sem direito a uma linhazinha sequer.

          Depois houve encontros de Dilma com os presidentes de Câmara, Senado e Judiciário.

          E os parlamentares de Câmara e Senado protagonizaram também seus espetáculos, aprovando em sessões que atravessaram até mesmo – incrível! – o jogo do Brasil contra o Uruguai projetos que repousavam nas gavetas por duas longas décadas.
          Suas excelências comprovaram que só funcionam, só executam suas comezinhas tarefas quando levam chutes violentos no traseiro. Não é que o homem da Fifa estava certo?

          Muito espetáculo pirotécnico, muitos fogos de artifício.

          Legal. Nada contra: fogos de artifício são belos espetáculos.

          As “propostas” apresentadas pela presidente foram desconstruídas, uma a uma, nos artigos e editoriais publicados nos jornais ao longo da semana. Diversos deles estão aí abaixo.

          O que eu gostaria de enfatizar é que, enquanto o país olhava para os fogos de artifício lançados em Brasília pelos marqueteiros hollywoodianos de Dilma Rousseff, para a celeridade do Congresso Nacional acordado de longa noite de hibernação, e para os incêndios provocados pelos vândalos em diversas capitais, as más notícias continuavam pipocando.

          Assim:  

          A criação de emprego formal teve o pior mês de maio em 21 anos.

          O déficit externo chegou a US$ 73 bilhões, ou 3,2% do PIB, o maior em 11 anos.

          O BNDES perdeu R$ 17 bilhões em ativos.

          Na América Latina, Brasil está agora entre os primeiros na inflação alta e é o penúltimo no crescimento baixo.

          O crédito deve ter em 2013 a menor alta em dez anos.

          O endividamento das famílias brasileiras bateu novo recorde.

          Pagamos R$ 87,858 bilhões ao governo federal em impostos em maio, um recorde.

          O Brasil tornou-se o país emergente com maior dívida.

          A economia do governo para pagar juros recuou 29% no ano.

          A OCDE anunciou que vê a economia do Brasil em ponto crítico.

          Os embarques de produtos de ferro e aço para o exterior tiveram queda de 54% em relação a 2012.

          A Petrobrás e Vale perderam R$ 100 bilhões em valor de mercado em 12 meses.

          O índice de confiança da indústria cai ao menor nível em um ano.

          Essas más notícias todas são explicadas ao final deste imenso, interminável texto, a 105ª compilação de notícias e análises que comprovam a incompetência do lulo-petismo como um todo e do governo Dilma Rousseff em especial. Foram publicadas entre os dias 21 e 27 de junho.

          A compilação começa com a desconstrução dos shows criados pelos marqueteiros.

          Os marqueteiros de Dilma são competentes. Mas são a única ilha de competência deste governo.


Leia a íntegra em 50 Anos de Texto 

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