Creio ser de todo um excesso explicar quem foi Rembrandt Harmenszoon Van Rijn, um dos maiores pintores de todos os tempos. Se fossemos fazer uma listinha, ele figuraria entre os cinco mais importantes, sem sombra de dúvida. Portanto, vou me limitar aos fatos básicos: nasceu em Leiden, Holanda, em 15 de julho de 1606 e faleceu em 4 de outubro de 1669, em Amsterdam.
Fez muito sucesso, ganhou muito dinheiro, mas o destino não foi bondoso com a vida privada desse gênio: dos quatro filhos do casal, só um chega à idade adulta, Tito. E em 1642, o pintor perde sua querida mulher, a linda Saskia. Daí em diante, foi só sofrimento...
Em 1643: após a morte de Saskia
Rembrandt deixou imensa quantidade de autorretratos, entre óleos, gravuras e desenhos, parece que mais de 80. Esse dado ainda não é considerado definitivo. Foi somente a partir do final do século dezenove, quando estudiosos se debruçaram sobre sua obra que se descobriu o quanto ele retratou a si mesmo. Por quais razões, é um mistério. Abaixo, em detalhe ampliado, os olhos:
Em um estudo sobre os famosos autorretatos, feito pelos psicanalistas Maria e Martin Bergmann, eles citam Freud: “Quando pensarem em mim, pensem em Rembrandt, um pouco de luz e muita escuridão”. E lembram que somente uma geração separa Shakespeare de Rembrandt, dois gênios que muito contribuíram para a capacidade humana de voltar o olhar para dentro de si mesmo.
em 1642: 36 anos, antes da morte de Saskia
Em 1669: aos 63 anos
Famoso e rico aos trinta anos, Rembrandt morreu acabrunhado e na miséria aos 63 anos, em 4 de outubro de 1669. No cavalete, um quadro inacabado. Em seu testamento deixou "algumas roupas de linho ou lã e minhas coisas de pintor" e uma obra que marcou um dos pontos culminantes na História das Artes.
por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
Baseado na Semana da Paixão Pela Pintura, publicado originalmente no Blog do Noblat
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