quarta-feira, 29 de maio de 2013

Palavra da Coruja



Não sou jovem o suficiente para saber tudo.
Oscar Wilde

Fim de Tarde


Joe Pass interpreta All The Things You Are

Para a Hora do Chá


Os poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...


Mario Quintana

Assim é, se lhe parece




***



Marina matutando: fecho os olhinhos e quando eles saírem do quarto crente que eu já dormi,  choro um pouquinho e assim ganho mais beijinhos e mais música... boa ideia!


*** Mozart: Larghetto Concerto para piano nº26

Arca do Tesouro

Urbanismo – Plaza Mayor (século XVII)


 

A Plaza Mayor, construída durante a época do domínio Habsburgo sobre a Espanha, é o espaço público central de Madrid. Retangular, mede 129 m x 94m e é cercada por prédios residenciais de três andares com 237 balcões que se debruçam sobre a praça. Ela é dominada pela Casa de la Panadería, cuja construção terminou em 1619, um edifício que nos tempos modernos passou a abrigar serviços municipais e culturais.

As origens da Plaza Mayor remontam a 1589 quando Felipe II de Espanha pediu a Juan Herrera, famoso arquiteto renascentista, que elaborasse um plano para remodelar a agitada e caótica área da antiga Plaza del Arrabal. A reforma só começou em 1617, já sob o reinado de Felipe III. Outros dois arquitetos ainda trabalharam em sua reforma, e em 1619 as arcadas ficaram prontas. Mas foi realmente Juan de Villanueva que deu à Plaza Mayor o desenho e a harmonia que vemos hoje: ele a restaurou em 1790 após uma série de incêndios. Rebaixou os prédios de cinco para três andares e fechou as esquinas, abrindo nove entradas sob as arcadas.




Cenário de enorme variedade de eventos e funções, como mercados a céu aberto, touradas, jogos de futebol, execuções públicas e, durante a Santa Inquisição, palco preferido para os “Autos da Fé” contra os heréticos e cumprimento das penas de morte dos condenados por heresia. Ainda em nossos dias, é ali que Madrid se reúne para suas festas, como as em homenagem ao seu santo padroeiro, São Isidro.

A estátua eqüestre de Felipe III, que adorna o centro da praça, é do escultor italiano Giambologna que a terminou em 1616; mas só foi colocada no centro da praça em 1848. Ao olhar as paredes das belas construções que cercam a Plaza Mayor, ainda se pode ver o sangue de algumas das corridas de touros realizadas ali em tempos idos.

Madrid, Espanha


Fontes: www.en.wikipedia.org/wiki/Plaza_Mayor,_Madrid
Lello Universal


por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa 
Da seção Obra-Prima do Dia publicada originalmente no Blog do Noblat (24/12/2009)

Carlos Brickmann: O impossível acontece.

A história oficial dos boatos sobre o Bolsa-Família mostra que aqui tudo pode acontecer. No Brasil, elefantes voam e centopeias mancas correm na maratona.




Pois na véspera da corrida à Caixa, funcionários de escalão inferior, veja só, tomaram sozinhos a decisão de antecipar pagamentos e colocar mais de R$ 150 milhões nos guichês. Não contaram nada, os distraídos, nem ao presidente da Caixa, Jorge Hereda, nem ao vice-presidente de Governo e Habitação do banco, José Urbano Duarte, nem à ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. Nenhum dos três ficou bravo por ter sido ignorado. Numa empresa comum, pessoal de baixo escalão não toma essas decisões. Mas aqui é Brasil, zil, zil, que é rico porque é um país sem pobreza e por decreto aboliu a miséria.

Bom, houve toda a confusão. Aí o vice-presidente Urbano Duarte disse que a antecipação dos benefícios não tinha sido a causa da corrida de sexta, porque só ocorreu no sábado. Estava errado: quando aqueles funcionários atrevidinhos de baixo escalão lhe contaram a história, trocaram as datas. O presidente da Caixa, Jorge Hereda, logo descobriu o erro. Mas, como é ocupadíssimo, tem muita coisa a fazer, levou pelo menos uma semana para corrigir o equívoco do seu vice.

E quem foram os funcionários distraídos e atrevidos que extrapolaram sua competência e tomaram decisões importantes à revelia de seus superiores? Ora, temos o pré-sal, o trem-bala, a Copa, as Olimpíadas, estádios novinhos com pequenos desabamentos, e querem saber o nome dos responsáveis. Responsáveis?


Ler mais em Brickmann & Associados 


carlos@brickmann.com.br 

Palavrinha

A professora de filosofia, senhora Marilena Chauí


A boa tirada do Lula

Dona Dilma, aqui no Rio de Janeiro, ao inaugurar um hospital na Ilha do Governador, disse que o Brasil está se transformando em um país de classe média. E disse isso muito orgulhosa, inclusive acrescentando que "o País está ‘caminhando’ para um futuro melhor. Isso é o compromisso do nosso governo".

Sua ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ao participar do programa Minha Casa Minha vida no ABC paulista, comentando sobre o governo do PT, disse que "Já colocamos dezenas de milhares de brasileiros na classe média" (...) "O próximo salto é erradicar a pobreza e transformar o Brasil em um país de classe média".

Leio essas declarações e penso: tomara que seja assim. Seria o melhor para o Brasil.

Mas, poucos dias depois, no dia 13 de maio, no lançamento de um livro sobre os 10 anos dos governos Lula/Dilma, na presença do ex-presidente, a professora de Filosofia Marilena Chauí não resistiu e pimba, disse o que lhe ia na alma:

"A classe média é estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista". (...) "A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante".

Fiquei estarrecida! Sabia que dona Marilena era a musa do PT por sua beleza. Foi realmente uma mulher bonita. Mas sempre a julguei classe média. Estava, como se pode ver, enganada. Quem sabe era uma aristocrata que largou o título quando Dom Pedro foi para o exílio? Porque proletária não era.

Proletários de sua geração não cursavam a USP, que dirá ocupar uma cadeira em seu Instituto de Filosofia!

Mas quem veio em socorro da classe média naquela mesma noite? O Lula. E veio, cá para nós, de forma brilhante! Copiei da seção Painel da Folha de São Paulo, do dia 15 de maio:

"O que é isso, companheira?

A filósofa Marilena Chauí participou na segunda-feira de debate sobre o lançamento do livro "10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma'', organizado pelo sociólogo Emir Sader. Fez uma longa fala e terminou com um brado:

- Odeio a classe média - disse, para em seguida chamá-la de ''fascista'' e ''reacionária''.

Lula, que falou logo depois da acadêmica, tratou de aliviar o clima, para êxtase da plateia:

-Depois de anos que lutei para chegar à classe média, vem essa mulher e esculhamba com a classe média..."

Sabem, vou confessar. Desde 2002, ou, para ser mais exata, desde 2003, quando nele votei, não tinha uma oportunidade de aplaudir o Lula!

Mas foi o que fiz agora, ao ler essa boa resposta que ele deu à pedante burguesa Marilena Chauí.

Parabéns, Luiz Inácio!


Por Maria Helena RR de Sousa
Transcrito do site Brickmann & Associados onde foi publicado em 20/5/2013

Olá! Bom Dia!


Billy Jean do inimitável Michael Jackson