Letícia Fernandes, O Globo
Após um início pacífico, com poucos manifestantes gritando palavras de ordem, o protesto realizado na Rua Pinheiro Machado, em frente ao Palácio Guanabara, ganhou contornos de vandalismo, na noite desta quinta-feira, com lançamento de rojão em direção ao prédio que abriga a sede do governo estadual e pessoas ateando fogo em sacos de lixo em ruas como Marquês de Pinedo e Presidente Carlos de Campos, em Laranjeiras. PMs reagiram usando gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha. Placas e outros equipamentos públicos foram quebrados na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo. Houve conflitos na Praça São Salvador.
Erros dos dois lados: da polícia e dos marginais que usam a manifestação só para destruir....
Fotos Agência O Globo
Por volta das 22h, a polícia voltou a fechar a Rua Pinheiro Machado nos dois sentidos, na altura do palácio. A via foi reaberta cerca de meia hora depois. Para tentar dispersar manifestantes, policiais jogaram jatos de água e atiraram balas de borracha contra a multidão. Quem tentou se abrigar na Casa de Saúde Pinheiro Machado, que fica na rua, foi obrigado a subir para o segundo andar do prédio, pois o cheiro do gás invadiu o primeiro andar. O local teve ainda vidraças quebradas pelas balas disparadas pela PM. Algumas pessoas passaram mal.
Morador do terceiro andar de um prédio da Rua Esteves Júnior, próximo à Praça São Salvador, o jornalista Carlos Macedo foi surpreendido com o lançamento de uma bomba de gás lacrimogêneo, que atingiu a cozinha de seu apartamento. Ele e a família estão abrigados num dos cômodos da residência, para se protegerem.
- A gente ouviu o barulho de um choque na janela e uma fumaceira tomou conta do ambiente. Como o cara conseguiu acertar a nossa janela é que é um mistério. Todo mundo estava correndo no chão. Descobrimos que a bomba está na cozinha mas ainda não pude ir lá. É por isso que a gente entende porque tanta gente morre de bala perdida - lamentou Macedo, acrescentando que todos em casa estão com os olhos irritados.
- A gente tentou fotografar e se ferrou completamente. Agora estamos ilhados no único cômodo suportável.
O ato chegou a reunir cerca de mil pessoas e, segundo moradores da região, policiais do Batalhão de Choque atuam no entorno do palácio. A área foi cercada por aproximadamente 240 PMs, de três batalhões.
Quem vai pras manifestações com a cabeça coberta, com boas intenções é que não está... Esses marginais (não consigo pensar em outra palavra) deveriam ser presos - se capturados - e ter a foto estampada nos jornais e TV para que a população ordeira, principalmente os vizinhos, tivesse conhecimento(sem essa de invasão de privacidade, isto não existe para foras-da-lei).
ResponderExcluirJá até escrevi um artigo sobre isso, chamado "Abaixo os biombos". Concordo com você, esses são marginais. Ontem quebraram um vidro na Candelária! No mínimo a pessoa responsável devia pagar por todo o restauro. E não é possível que com tanto jornalista, fotógrafo, cinegrafista e celular que filma tudo não possam identificar quem foi.
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