'O Terceiro Homem' é um de meus 10 filmes favoritos. E daí, dirão vocês? Daí que resolvi mostrar aqui essa pérola que encontrei no You Tube: a cena mais brilhante desse filme que tem em cena, e atrás das cenas, algumas das figuras mais interessantes do século 20. Um filme onde tudo parecia ter nascido para aquilo mesmo, inclusive o cenário: Viena, logo depois da guerra, dividida em quatro zonas.
O diretor é o inglês Carol Reed; a marcante trilha sonora é de Anton Karas; o roteiro saiu de um conto de Graham Greene; Joseph Cotten interpreta o escritor americano amigo de escola de Harry Lime.
E quem é Harry Lime? Apenas o receptador de penicilina roubada dos hospitais militares de Viena, que dilui e revende no mercado negro, o que leva a muitas mortes e horrores piores que a morte.
Lime é o protótipo do canalha, um dos mais abjetos e completos fdp que o cinema já produziu. Curiosamente, seu tipo está 50, 60 anos à frente do estilo de canalhas de seu tempo. Faz o gênero cavalheiro elegante e cultivado. Ele parece um dos que vemos nos noticiários de hoje em dia, sem tirar nem por.
Mas Harry Lime seria quem passou a ser na história do cinema se não fosse interpretado por Orson Welles? Tenho a convicção que não.
E a cena abaixo, na roda-gigante do Prater de Viena, chave do filme, seria o que é se Orson Welles não tivesse criado parte do diálogo? Não, não seria.
Espero que gostem. Se não gostarem, sinto muito...
O Terceiro Homem
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